EXISTÊNCIA HUMANA 5
novembro 02, 2022
A proposta aqui neste espaço não cumpre regras. Principalmente no que tange à época específica. Ou seja, não funciona cronologicamente. Espera-se que os leitores relevem essa possível falha do autor.
Engraçado é que a vida segue o tempo. Dos segundos, das horas, dos dias, semanas, meses, anos, décadas e até séculos. Mas para um humano, o máximo que ele terá de vida é um tempo de algo a mais que um século. E olhe lá.
E isso envolve a existência humana. Sendo que alguns a valorizam e outros não. No primeiro caso, formarão até uma tradição familiar, com sobrenomes respeitados e seguidos por aqueles que valorizam tal aspecto. Mas grande parte dos humanos não segue esta prática.
Criou-se um método de controle e identificação familiar. A chamada árvore genealógica. É representada por um organograma. Isso é muito comum de se observar nas famílias nobres. É um fator importante para algumas delas.
No entanto, existem pessoas que sequer possuem alguma referência de seus antepassados. Até mesmos seus país. Coisa de um tempo médio em suas vidas e não tão longo em existências.
Até seria bom que todos conseguissem seguir isso. Saber suas origens, bem como de todos os seus familiares. Nisso haveria um só inconveniente. Alguém descobrir-se de origem simples, sem nenhuma representatividade. Talvez isso alcance a maioria das pessoas no mundo.
Existem muitos fatos interessantes que tais circunstâncias fornecem. Por exemplo, alguém cujos país sejam oriundos do interior do país. De uma cidade muito pequena, quase sumida no mapa. E o pai, por exemplo, quando novo, tenha vindo de lá para o sul ou sudeste do país. Viva nessas áreas por certo tempo, mas quando para pra pensar, devido à idade que já ostenta, digamos uns quarenta e cinco anos, resolve retornar à sua cidade natal para casar com alguém que conhece/conhecia lá.
Em chegando lá, esperando encontrar a moça sua namorada de algum tempo, uma surpresa. Ela já casada com outro alguém, sem que soubesse desse fato. Ou seja: chegou lá e bateu com a cara na porta, como se diz popularmente. Mas não perde a viagem. Logo se aproxima de outra e acelera o processo de casamento com esta. Ela já com trinta anos ou mais um pouco, vivendo numa cidade do interior, também não perde a oportunidade e aceita tal casamento.
E assim, ambos constituem uma família, e o homem volta para onde estava, trazendo a mulher a reboque. E passarão a viver no sul/sudeste do país, com as limitações que possuíam ambos, por serem pessoas do interior, de poucos recursos. E logo chegam os filhos. Um, depois outro. E com mais uns cinco anos, completam a filharada com uma menina.
É claro que uma família assim não terá boas perspectivas de sucesso. Com sorte, viverão limitadamente. E com ajudas eventuais de amigos adquiridos, serão auxiliados em circunstâncias especiais, quando estas surgirem. E que a sorte os acompanhe nesse percurso arriscado de vida. Com o tempo, os filhos crescendo, tudo vai melhorando. Principalmente quando alcançam idades adultas.
Mas alguns problemas surgirão. Principalmente nos relacionamentos entre o pai e um dos filhos. E ocorrendo desarmonia entre ambos, atravessarão a vida com muita dificuldade. E se o pai não possui entendimento de justiça que o evite de gostar mais de um do que do outro filho, os desencontros serão muitos, podendo, em alguns casos, ser criada uma relação pesada entre ambos.
Este litígio só cessará com a proximidade da morte do pai. O que, parece, nestas circunstâncias, faz qualquer um adquirir mais percepção da vida e da relação, mas que se torna tardia a possibilidade de um entendimento total. Mas tais circunstâncias terminam gerando uma certa tolerância por parte do filho. O injustiçado.
Esta situação carrega nuances várias. É como se fosse um incômodo sentido na alma, como se faltasse algo na pessoa. Uma coisa difícil de apagar. Nem o tempo consegue tal façanha. Por isso pode-se chegar à conclusão que talvez raras famílias possam ser consideradas normais ou naturais.
Quase sempre, e isso é muito comum observar-se neste cotidiano, uma série de acontecimentos desagradáveis que se dão entre muitos. Pode-se atribuir à uma versão popular que diz: "o que começa torto/errado, é bem capaz de nunca se acertar".
Talvez até se possa atribuir a esse tipo de situação, um excessivo número de crianças mal criadas e sem muita condição de ter uma vida boa, ou normal. A perspectiva se sucesso nela é restrito. E é o que mais vemos vida afora.