E AI AMOR, E AGORA?
Evaldo da Veiga
CADÊ A SAÍDA?
A saída esta logo ali; aqui, é o mais provável.
Sempre existe uma saída.
Fui por ai num processo de perdas, derrotas e quedas sem fim.
Vi a cor do fracasso materializada em todas as cores do arco-íris;
figuras Dantescas pensei na época. Mas qual o quê,
não existe nada tão feio se visto de perto e que não se possa contornar.
Ta ruim, ta feio? Dê uma volta, ande um pouco mais,
mas em caminho traçado pelo bom senso.
O tempo aniquila, tortura, enterra, mas também ressuscita.
Viva o tempo, até por que, não temos outra alternativa.
O tempo, é como já disse um político cassado, "é o senhor
da razão" . Vejam, até os políticos cassados por corrupção,
em alguma área, às vezes, têm razão.
Só quem já sofreu grandes derrotas pode avaliar o verdadeiro
sentido de uma pequena conquista.
Um corpo sem voz, com necessidade de dizer e sem
um canal de comunicação próprio, tendo um paredão
de chumbo interpondo-se na comunicação oral.
Um silêncio imposto que amordaça até a alma,
um dia é obstáculo neutralizado
A mesma vida que agride de forma cruel, também trás soluções.
Até contorna dores e se apresenta, às vezes, como doce amiguinha.
Quando não se pode de um jeito a vida oferta um outro;
sempre existe um meio.
Se um mecanismo está emperrado inútil, se não se pode dizer no jeito
primário do som, a vida apresenta símbolos.
Para amar e fazer amor não existe obstáculo intransponível.
Quando não se pode dizer, o som que vem de fora é festa,
sublime enlevo o ato de ouvir.
Não podemos dizer, mas valorizamos sobremaneira o que vem de fora.
É a vida. E a vida, tira agora e compensa depois, interligando o agora
e o quem vem após. A vida às vezes, ainda, permite a observação
dos movimentos inanimados e é ai que entra o show, a faculdade de se perceber a autêntica beleza, mesmo
em estágio indumentário dos mais simples.
E a vida se torna bela: tirou de um lado e, generosamente,
fez uma linda oferta compensatória, valorizando
mais o que se tem agora do que o tesouro perdido antes.
E assim, de gorjeta, ensina que é bem melhor um por cento de algo lindo,
do que cem por cento da vulgaridade revestida de rótulos,
de um momento em que o mundo é uma inversão de valores.
Levanta-te alma!
Imagem: Gala, a Musa do Salvador Dali.
evaldodaveiga@yahoo.com.br
Evaldo da Veiga
CADÊ A SAÍDA?
A saída esta logo ali; aqui, é o mais provável.
Sempre existe uma saída.
Fui por ai num processo de perdas, derrotas e quedas sem fim.
Vi a cor do fracasso materializada em todas as cores do arco-íris;
figuras Dantescas pensei na época. Mas qual o quê,
não existe nada tão feio se visto de perto e que não se possa contornar.
Ta ruim, ta feio? Dê uma volta, ande um pouco mais,
mas em caminho traçado pelo bom senso.
O tempo aniquila, tortura, enterra, mas também ressuscita.
Viva o tempo, até por que, não temos outra alternativa.
O tempo, é como já disse um político cassado, "é o senhor
da razão" . Vejam, até os políticos cassados por corrupção,
em alguma área, às vezes, têm razão.
Só quem já sofreu grandes derrotas pode avaliar o verdadeiro
sentido de uma pequena conquista.
Um corpo sem voz, com necessidade de dizer e sem
um canal de comunicação próprio, tendo um paredão
de chumbo interpondo-se na comunicação oral.
Um silêncio imposto que amordaça até a alma,
um dia é obstáculo neutralizado
A mesma vida que agride de forma cruel, também trás soluções.
Até contorna dores e se apresenta, às vezes, como doce amiguinha.
Quando não se pode de um jeito a vida oferta um outro;
sempre existe um meio.
Se um mecanismo está emperrado inútil, se não se pode dizer no jeito
primário do som, a vida apresenta símbolos.
Para amar e fazer amor não existe obstáculo intransponível.
Quando não se pode dizer, o som que vem de fora é festa,
sublime enlevo o ato de ouvir.
Não podemos dizer, mas valorizamos sobremaneira o que vem de fora.
É a vida. E a vida, tira agora e compensa depois, interligando o agora
e o quem vem após. A vida às vezes, ainda, permite a observação
dos movimentos inanimados e é ai que entra o show, a faculdade de se perceber a autêntica beleza, mesmo
em estágio indumentário dos mais simples.
E a vida se torna bela: tirou de um lado e, generosamente,
fez uma linda oferta compensatória, valorizando
mais o que se tem agora do que o tesouro perdido antes.
E assim, de gorjeta, ensina que é bem melhor um por cento de algo lindo,
do que cem por cento da vulgaridade revestida de rótulos,
de um momento em que o mundo é uma inversão de valores.
Levanta-te alma!
Imagem: Gala, a Musa do Salvador Dali.
evaldodaveiga@yahoo.com.br