Anjinho de Deus
NUNCA vou me conformar com a história oficial que mente mais do que cachorro de fateira. Mente e discrimina, principalmente os índios, endeusando os conquistadores brancos. O saudoso Eduardo Galeano num texto curto mas verdadeiro denunciou essa discriminação odienta. Vou transcrever o texto;
“Eu também fui menino, um “anjinho de Deus’.
Na escola a professora ensinou que Balboa, o conquistador espanhol, tinha visto, do alto de um morro muito alto no Panamá, de um lado o oceano Pacífico, e do outro, o oceano Atlântico. Ele tinha sido , disse a professora, o primeiro homem que havia visto esses dois mares ao mesmo tempo.
Eu levantei a mão:
- Professora, professora…
E perguntei:
- Os índios eram cegos?
Foi a primeira expulsão da minha vida”.
Galeano botou o dedo na ferida. Inté,