1187
Aluu! Inuugujaq de domingo meus caros 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez passam aqui por meu mirante literário a fim de ler crônicas bucólicas. Ajuungila?
N'algum lugar por esse mundo de Deus, no ano da graça de nosso Senhor de 1187, alguém também ficou olhando a chuva cair no ínício de tarde de domingo e adormeceu, imantado de paz e serenidade em seu coração, eis que esse mundo sempre foi mundo, agora ou há 835 anos. Essa pessoa, assim como este Bacamarte hoje, estava em contato com a natureza, com Deus e, portanto, consigo mesmo, como parte deste todo Dele derivado, Dele que é tudo.
1187, ano em que nasceu o grande Koga Michiteru. Todos vocês, meus caros leitores e parceiros de letras, sabem dele, um dos nossos Novos 36 Imortais da Poesia, aquele grupo de literatos japoneses selecionados por Fujiwara no Kinto, nosso nobre poeta do Período Heian. Imagino nosso talentoso Koga, lá do literal e literário outro lado do mundo, há mais de oito séculos atrás, cultivando outra tradição religiosa, apreciando a chuva depois do almoço de domingo e dedilhando com maestria as cordas de sua Biwa.
Deve ter composto uma canção ou um poema bucólico, assim como este Bacamarte escreve essa crônica. Distantes no tempo, no espaço e na crença, Bacamarte e Koga se unem no presente pelo amor à arte e a natureza. Dois gênios de seu tempo, que jamais serão esquecidos pelo seu legado. Daqui outros 835 anos, n'algum outro lugar do mundo, outro literato estará deitado e vendo a chuva cair no inicio de uma tarde de domingo, em 2857, e escreverá, não supõe minha imaginação futurista em qual mídia, uma crônica ou poema falando de mim e de Koga, igualmente irmanado artisticamebnte no tempo e no espaço com o verde sendo regado pelo céu na festa do ciclo da vida.
- Seu Baca, vem tomar um café que acabei de passar?
É minha nora Marcella, adorável canalha, puxando meu saco por interesse, como sempre. É tão parecida comigo... Adoro essa guria e o café dela é realmente maravilhoso. Ela e o Toninho Júnior vieram com a minha netinha Jessika KB nos visitar. Coloquei a menina no meu colo a fim de compartilhar tal momento poético-bucólico ante a natureza, mas ela deu um pum, cagou na fralda e começou a chorar. Rompeu-se a conexão artística e atemporal entre mim e o Koga. Grande Koga. Grande caga, Jessika. Fedeu. Espero que isso não seja uma nota crítica, dizendo que minha crõnica é um cocô.
Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!
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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.. Abraço a todos.
MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com
(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)
CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores:
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862
GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Iterluarit kumoorn - bom dia.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.
Antônio Rollim Fernando de Braga Bacamarte