A lei natural

Existe uma lei que não foi votada pela nossa câmara legislativa e provavelmente por nenhuma outra do Planeta que nos diz que não devemos fazer aos outros o que não queremos que seja feito a nós.

Essa lei é chamada “lei natural”.

Ela pode ser compreendida por qualquer pessoa de boa vontade ou boa formação, mesmo por uma criança.

Ela nos facilita o entendimento de todas as outras leis e nos diz qual o limite de nossa liberdade.

Sua violação nos alerta de imediato que podemos estar cometendo um crime no âmbito das leis civis.

O ser humano tem a santa capacidade de tentar encontrar justificativas para todos seus atos, mesmo os mais vis.

Em muitas ocasiões, por conveniência ou comodismo, aceitamos essas “justificativas”, mesmo quando partem de indivíduos que claramente querem nos explorar e até nos humilhar.

Porém, a luz da citada lei natural, o possível crime ficará evidente para nós, mesmo antes de qualquer acusação formal ou processo judicial.

Por exemplo, durante a pandemia tivemos inúmeros casos de governantes, no Brasil e em outros países, que enquanto emitiam decretos nos restringindo ou impedindo de exercermos o direito de ir e vir, foram gravados em vídeo ou fotos em clubes e festas movimentadas.

Ficou muito claro que aqueles governantes fizeram conosco o que eles não queriam para eles.

É fato que a maioria de nós aceitou e até aplaudiu aqueles atos imorais e até ilegais, porque violaram nossa Constituição, mas é fato também que a lei natural foi violada e nada pode mudar isso.

Uma frase diz que “contra fatos não há argumentos”, mas há sim e cada dia mais os argumentos estão se “sobrepondo” aos fatos , como no exemplo acima.

Porém isso está acontecendo porque estamos enganando a nós mesmos quando insistimos em ignorar a lei natural, tanto quanto aos danos que causamos aos outros, como nos que nos são causados, principalmente por “pessoas importantes” que na realidade são arremedos de seres humanos.

A lei natural opera na consciência de quem a tem, por isso ela se antecede às providências judiciais e nos diz de imediato que somos canalhas quando causamos mal a alguém ou que somos idiotas quando permitimos passivamente que nos explorem ou humilhem.