Onde é meu canto
Neste mundo de meu Deus tem vários lugares, mas onde é meu lugar? Sempre imaginei ser possível pertencer, não importa se por um instante. Porém pertencer nem sempre é tudo beleza para o ego, ou dá direito a subir no pódio. Acontece de ser maximizador de mesquinhez e destrato.
Ainda criança de tudo, prometi que não cometeria ruindades. Todos viventes, uma formiguinha procurava não esmagá-la com meus pé, brincar com meus coleguinhas, não desobedecer meus pais, etc. Iria ser bem melhor do que as pessoas que me esmagavam com sua habilidade de apequenar o outro, as que puxavam os meus cabelos e não me chamavam pelo nome, mas por um palavrão por vez.
Mas hoje estou alocado em um espaço que jamais considerei compartilhar. Passageiro, ociosos, vazios. Neste lugar que moro tem momentos que querem me fazer entender que sou eterno, que meus desejos é tudo, mas juro que nunca desejei.
Santa inocência era minha, estava nos pés de não pisar em formigas.
Quando meus espaços se tornaram meus, passei a receber convidados e a aprender com eles. Sigo cometendo erros e injustiças, e as reconhecendo nas consequências. Aprendi que gritar palavrão, na sala vazia, pode ajuda a mandar agonia embora, mas ela não vai. Há dias em que esqueço as normas deles, e volto comportar-me como fui de início, acreditando que tudo planto vou colher..