Lorde Ganesha, o Deus da abundância e da sabedoria é um símbolo divino da cultura védica e da religião hindu. Sua figura é representada por uma pessoa com cabeça de elefante com quatro braços e que está sentada e em voltada de muitas moedas de ouro.

Trata-se de um dos mais importantes deuses da cultura hindu, considerado o "Destruidor de Obstáculos", pois tal qual um elefante por onde passar pode destruir tudo com sua força natural. Foi o primeiro filho de Shiva e Parvati, sendo adorado principalmente por homens de negócios e mercadores devido ao fato de estar relacionado com a boa fortuna e sabedoria.

Seu dia é 22 de agosto quando podem ser feitas simpatias e homenagens pedindo por proteção ou então, para resolver as questões que parecem ser sem solução. Como um arquétipo é recheado de múltiplos sentidos e simbolismo que expressa a perfeição bem como os meios para obtê-la.

Nos Vedas se pode encontrar uma das mais relevantes preces propiciatórias, segundo mandala ou livro Rg Veda. De acordo com as estritas regras da iconografia hindu, as figuras de Ganesha com somente duas mãos são tabu.  Por isso, as figuras de Ganesha são vistas habitualmente com quatro mãos, que significam sua divindade. 
Algumas figuras podem ter seis, outras oito, algumas dez, algumas doze e outras quatorze mãos, cada uma carregando  um símbolo que difere dos símbolos nas outras mãos, havendo aproximadamente cinquenta e sete símbolos no total,  segundo alguns estudiosos. A imagem de Ganesha é composta de quatro animais: homem, elefante, serpente e o rato. Eles contribuem para formar  a imagem. Todos eles, individual e coletivamente, têm profunda significância simbólica.

A presa quebrada de Ganesha, como descrita acima, simboliza inicialmente sua habilidade de superar ou "quebrar"  as ilusões da dualidade. Porém, existem muitos outros sentidos que têm sido associados a este símbolo. "Um elefante normalmente tem duas presas. A mente também frequentemente propõe duas alternativas: o bom e o mau,  o excelente e o expediente, fato e fantasia. A cabeça de elefante do Senhor Ganesha porém tem apenas uma presa por  isso ele é chamado "Ekadanta, " que significa "(aquele de) Presa única", para lembrar a todos que é necessário  possuir determinação mental".(Sathya Sai Baba).

O Ganesha montado em seu rato é uma escultura do Templo de Vaidyesvara na Índia. De acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou muśika representa sabedoria, talento e inteligência.  Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos.

Então ele é também  um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha,  o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.

Ambos Ganesha e Muśika amam modaka, um doce que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração.  O Muśika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganexa, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte maharaśtriana representar Mushika como um rato muito grande,  e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo. 

Outra interpretação diz que o rato (Muśika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é, habitualmente, representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha  fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.

Ganesha e a Lua minguante.

Dizem que certa vez, Ganesha após ter recebido de muitos de seus devotos uma enorme quantidade de doces (Modak), para poder digerir melhor essa  incrível quantidade de comida, decidiu ir passear. Ele montou em seu rato, que utiliza como veículo, e foi adiante. Foi uma noite magnífica e  a lua estava resplandecente. De repente, uma cobra apareceu do nada e assustou o rato, que pulou e tirou Ganesha de sua montaria. O grande estômago de Ganesha foi empurrado contra o chão com tanta força que sua barriga abriu e todos os doces que ele comeu foram espalhados a seu redor. 

No entanto, ele era muito inteligente para se enraivecer por causa deste pequeno acidente e, sem perder tempo em lamentações inúteis, ele tentou  remediar a situação da melhor maneira possível. Ele pegou a cobra que causou o acidente e a usou como cinturão para manter seu estômago fechado  e reparar o dano. Satisfeito com essa solução, ele remontou em seu rato e continuou sua excursão. Candradeva (O Deus da Lua) observou toda aquela  cena e caiu na gargalhada. Ganesha, sendo de temperamento curto, amaldiçoou Candradeva por sua arrogância e quebrando uma de suas presas, a atirou contra a lua, partindo  em duas sua luminosa face.

Então ele a amaldiçoou, decretando que qualquer um que olhasse para a lua teria má sorte. Escutando isso,  Candradeva percebeu sua loucura e pediu perdão para Ganesha. Ganesha cedeu e como uma maldição não pode ser revocada, ele apenas a abrandou. 

A maldição então ficou sendo de que a lua iria minguar em intensidade a cada quinze dias e qualquer um que olhar para a lua durante o Ganesha Caturthi teria má-sorte. Isto explica porque, em certos momentos, a luz da Lua diminui, e então começa gradualmente a reaparecer; mas sua face só aparece por completo somente por um curto período de tempo.

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 06/11/2022
Reeditado em 01/03/2023
Código do texto: T7643804
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.