PREVISÃO METEROLOGICA NO EVEREST BRASILEIRO

Previsão Meterologica no Everest Brasileiro

(Vento Lusitano)

Outro dia, logo cedo, observando o céu de anil, disse a esposa: - “Hoje não vou trabalhar, eis que vejo lá nas lonjuras uns cúmulos-nimbos, que são nuvens caracterizadas por um grande desenvolvimento vertical, que resultam em fortes e contínuos ventos e tempestades.” Ela rindo me respondeu: - “Você sabe o que está fazendo, tem todo o direito de não ir trabalhar, é aposentado e já trabalhou muito, no entanto, desculpa, mas não vai ter ventos, não vai chover e nem ter tempestades.” Eu respondi: - “Vai sim! Vou te contar a história de uma tragédia que ocorreu no Everest em 1996.”

Há alguns anos li o livro “No ar rarefeito” (Jon KraKauer). O Jornalista Krakauer relata a tragédia que abalou a história do alpinismo no Himalaia quando quase uma dezena de pessoas morreu ao tentar atingir o cume do Everest, graças a decisões equivocadas tomadas exclusivamente por razões econômicas, sem levar em conta o rigor do clima a mais de oito mil metros de altitude. O piloto Adams, mais tarde explicara para Krakauer: “Quando você vê um cúmulo-nimbo do avião", explicou ele, "sua primeira reação é dar o fora dali o mais rápido possível”! Porém Krakauer quando ainda estava descendo a montanha, como não estava acostumado a olhar por cima os cúmulos-nimbos começou a descer a montanha ignorando a tempestade que naquela altura estava se formando. “Naquele brevíssimo período de tempo a tempestade se convertera repentinamente em um furacão de extrema violência”. O ano de 1996 ficou marcado como a grande tragédia do Himalaia.

Confesso que sem ser piloto de avião é possível observar no céu do Brasil cúmulos-nimbos, nuvens que resultam em contínuos ventos fortes e tempestades, tal qual ao Everest, nestas horas é preciso ter atenção, cuidado e não subestimar, os ventos que sobram de todos os quadrantes. Aqui na Terra de Santa Cruz, nos últimos tempos, também vem ocorrendo decisões equivocadas e sem levar em conta o pequeno grande livro, a Carta Magna, a Constituição Federal, aquela que sustenta os alicerces jurídicos do Estado. Resulta daí, as razões da aparição nos céus dos cúmulos-nimbos, não têm mais como evitar, tudo indica que os ventos serão contínuos e fortes. Agora só resta apelar para os ensinamentos do outro livro, o maior deles, o mais lido, aquele que informa quem está acima de tudo, quem é soberano, quem é justo. Aquele que, inclusive, relata quem foi à pessoa que acalmou os ventos, as tempestades, o mar, e que aponta qual é a pessoa que “Habita em nós.”

Vento Lusitano
Enviado por Vento Lusitano em 04/11/2022
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