A viagem onde as curvas sinuosas se convergem
Viajando de carro era como se estivesse voando baixo, oras as faixas se fatiavam e retornavam o seu estado natural, logo em seguida declinavam nas curvas numa leveza tão fenomenal que o caminho já desbravado dava ares de novidade a cada instante. Suas margens verdejantes, mudavam os cenários colorindo, mais as íris dos meus olhos já umedecidos pelas chicotadas e os solavancos de tempo que não volta mais parecia anestesiado pelo açoite do vento que adentrava na janela do possante.
Por força do destino os detalhes são revelados, certo que já se passou mas os sentimentos vivem como atuais, pedras sobre pedras, ex-inquilino voltando a velha moradia.
Ao olhar ao lado, deitado com as pernas dobradas dorme tranquilo, meu neto é coadjuvante desta viagem, porem somente minha é esta "luta e guerras” que estou relembrando, afinal sua geração contempla outros cenários, mas como uma fisga um anzol puxa-me a realidade fazendo dicotomia de algo que só existe na minha mente pois é preciso voltar a escrever novas histórias sem esquecer dos capítulos redigidos com louvores.