A VIDA LIMPA NÃO CONVIVE COM O ÓDIO.

Pensar estar procurando o bem, e por vezes o homem promove o mal; é retórica habitual. Acabamos de assistir a base de fundamentalismo do ódio, incorporado na ideia da redenção da verdade que mesmo Cristo perguntado por Pilatos calou-se, Disse vir fazer justiça, valor que não se consolida pelo ódio. Inteligência limpa, sem interesse, não odeia, não mata, ama.

O ódio mata a forma, a alma que veste a forma, seja qual for sua origem. O ódio sempre foi repulsivo na história. O amor virou a página da dominação e da escravidão.

Muitos são mártires, dormem suas ossadas no sacrário da história.

O sectarismo da falácia enganosa e das resistências hipócritas, sorvem e se alimentam do mesmo caldo cultural, das promessas paradisíacas aos jovens, abertos à sedução..

A forma praticada nunca pode ser vazia, forma incorpora natureza múltipla.

A criação provê e ama, é vida, sagrada. Não odeia. Vazio, qualquer vazio, é imaterial, o amor é binário, matéria e ausência de matéria. O amor sente, é paixão e emoção, sentido e tangido, não odeia e mata. É tato, pegada, aspiral, subjetivo, fumaça, razão, inteligência limpa, sem desvios.

Deus é razão de fé, não “objeto” de consciência, não é enganoso, falacioso, não prega infâmia, divisão, caminha e deixa caminhar.

Quem conhece e sente, sabe o que é.

Precisamos viver o silêncio que não prega o ódio nem deseja o mal, a lei do retorno é severa.

Nos conhecemos muito pouco. Nos preocupamos com a permanência das violações sociais, vizinhas de todos profissionais políticos; conta a história.

Isso é desídia com nosso universo pessoal. Como no ciclo da natureza, a interferência é anã diante do todo.

O coletivo composto por partes, só importa pela soma da unidade, mas se a unidade se qualifica.

Nos ocupamos mais com o que está fora de nós, tal postura compromete o que está fora. Muito mais quando há ódio.

Nosso interior, a pátria do silêncio, é que restaura, cria, cura e pacifica a desordem instalada na pretensão da ordem. Desordem profusa, abrangente, lançando setas para todos os lados com grande alcance para o despropósito e a primariedade que incomoda, e muitas vezes somos obrigados a considerar.

Vivemos com gravidade para nosso universo particular, no momento, essa nódoa, e sem perceber nos envolvemos em um dos piores fatos históricos contemporâneos, convulsivo, sem freios, permeado de desrazão, desconhecimento e forte insanidade, por ser hediondo em objetivos e princípios, com recentes condutas egressas de governos, todos, em temas sociais onde os desvios são regras; chamam a isso de política.

Há revolução silenciosa de dentro para fora. Operação global. Uma conspiração espiritual. Há células dessa operação em cada nação do planeta. Vocês não vão ver nem assistir na TV, palavras egressas dessa revolução. Não buscam glória. Não usam uniformes. Habitam diversas formas e tamanhos diferentes, têm costumes e cores diferentes. Trabalho anônimo, silencioso, fora de cena. Você talvez cruze nas ruas com esses personagens e nem percebem. A porta está aberta para a bondade.

Assim evitamos coroar de verdade frase de Maquiavel, aí está o ódio que se esconde: "O homem esquece mais facilmente da perda do pai que do seu patrimônio." O ódio é sutil, usa máscara, não se mostra com todas as garras.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/11/2022
Reeditado em 02/11/2022
Código do texto: T7641241
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