VALEU, TUPÃ
VALEU, TUPÃ
BETO MACHADO
O clarão do Sol de domingo foi se derretendo com o cair acelerado da alaranjada tarde de TUPÃ.
Depois da maravilhosa noite do sábado (22/10/22), nada me trará aborrecimentos, durante um bom, tempo.
Valeu muito a pena eu ter ido a TUPÃ, para participar do lançamento da coletânea RAÍZES NEGRAS, organizada pelo poeta CÉLIO SILVA, iniciativa da ONG UMONT, presidida pelo comunicador André Black e editada pela Editora MWG do, também poeta, Marcos Nascimento.
Foi uma bela aglomeração, um maravilhoso evento. Mais uma das inúmeras atividades culturais dessa tão longínqua quão agradável cidade do interior de São Paulo. A acolhida à minha pessoa foi muito além da expectativa desse carioca não muito afeito a longas viagens.
A ONG UMONT tem por objetivo disseminar a cultura da região, em todos os segmentos, em especial, a literatura e a música.
Célio fez questão de ir me buscar no Hotel Cazuza, onde fiquei hospedado de sábado a segunda feira, com uma pontualidade suíça. Às dezenove e cinqüenta estávamos adentrando no recinto da ONG.
O evento foi aberto com inúmeras exibições de danças árabes, duplas de hip hop, culminando com jovens declamando poesias autorais ou de poetas locais. A grande quantidade de jovens participando de um evento cultural, numa noite de sábado aguçou minha atenção e me encantou.
Para coroar minha participação, fui chamado ao palco para recitar, cantar e falar o que eu quisesse.
Declamei meu poema CORROSÃO, recitei o SONETO DE SEPARAÇÃO de VINICIUS DE MORAES e cantei, à capela, INCÓGNITA, um samba meu e do meu saudoso parceiro ZÉ CARLOS VOVÔ.
Expresso nessa crônica a minha gratidão à família SILVA, em especial ao patriarca senhor FRANCISCO SILVA, pai do Célio, organizador dessa bela coletânea que contém dois poemas meus, cujos textos nos remetem à nossa ancestralidade tanto daqui quanto da ÁFRICA.