O rapaz da esfiha - COLEGAS, AMIGOS E PROFESSORES

Quando a Renata era adolescente, pelos quatorze anos, teve seu primeiro namoradinho.

Um dia, o garoto a levou ao Habib’s, para comemorar.

Comeram esfihas, naturalmente.

Conversa vai, conversa vem, ele deu-lhe um anel. Anel de compromisso, entre namorados, como é comum, hoje em dia.

Tudo muito bom, muito bonitinho.

Até que ele sorriu: havia “uma esfiha” cobrindo o dente dele.

Visto o sorriso com a “esfiha”, acabou o amor. Ficou marcada a imagem, e ela não podia mais esquecer do sorriso, nem da esfiha, quando olhava para ele. Transformou-se do rapaz bonitinho no rapaz da esfiha.

A história já me foi contada mais de uma vez. Sinal da importância que teve na sua vida.

Daí, que a lição ficou. Para ela e para mim. Talvez não para ele, pobre rapaz, que nunca soube o que fizera de errado, para esfriar um relacionamento tão agradável.

Assim, sempre que como alguma coisa, corro ao espelho verificar se não tenho “uma horta” cobrindo os meus dentes (sou louca por saladas).

Maria da Glória Perez Delgado Sanches

Membro Correspondente da ACLAC – Academia Cabista de Letras, Artes e Ciências de Arraial do Cabo, RJ.

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