A lógica do bêbado
Tem coisas que presenciamos, que parecem até mentira, se não visse e ouvisse diria que foi piada, mas o fato é verídico.
Há alguns anos na avenida Rafael Vitta no cruzamento com a rua João Bela, aconteceu um acidente de trânsito, até aí algo corriqueiro, porém, um dos envolvidos estava visivelmente embriagado.
A primeira pessoa a ser ouvida foi o condutor de uma motocicleta que relatou o seguinte:
- Eu estava conduzindo a minha motocicleta pela avenida em sentido a faculdade, quando...
O embriagado interrompeu:
- Eu quero falar, eu quero falar!
O agente no local disse para que ele esperasse a sua vez e voltou a ouvir o primeiro envolvido.
- Então, continuando...
- Mas, eu preciso falar a verdade. Interrompeu novamente o bêbado.
O agente novamente pediu para que ele aguardasse.
- Então, eu estava sentido faculdade, quando o outro veículo avançou o sinal de pare e eu não tive tempo para acionar o freio da moto e acabe...
- mas eu estava certo! Gritou o bêbado.
O agente não deu atenção e voltou-se para o motociclista.
-Acabei colidindo com o carro.
O agente registrou o relato de motociclista e disse para o outro que agora ele poderia falar.
O bêbado começou:
- Eu estava vindo lá de cima, daquela rua de lá e vinha para cá e cheguei aqui...
-Aí eu parei, porque tem que parar. Aí eu vi a moto e achei que ele ia virar, mas não virou.
O agente olhou para ele e perguntou: - Por que o senhor achou que ele iria virar?
A resposta foi rápida:
- Porque ele não deu a seta!
O agente argumentou:
Mas senhor, se ele não acionou a seta, significa que ele iria continuar na avenida.
E o bêbado retrucou:
- É que ninguém da seta para virar ali.