A VITÓRIA ANTES DA HORA
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
A vitória antes da hora é como o canto da sereia que existe no imaginário popular, porém, ninguém "ouve" e "vê", mas mesmo assim existe quem acredite com força em tal lenda presente em todas as culturas e mitologias. Tem beleza e canto hipnotizante, além de “possuir” o “super” poder de persuasão para quem nela acredita. Existe uma diversidade de criação de lendas envolvendo a "mulher" metade gente e a metade peixe para personificar direta e indiretamente o mar e seus perigos, diante dos obstáculos à navegação.
Então é temerária cantar a vitória antes do tempo, isso porque somente a escolha popular tem a resposta definitiva que virá das urnas. É assim a democracia no Estado de Direito que temos. Apuradas as urnas, ganha quem tiver cinquenta por cento mais um dos votos válidos. É a forma legal do jogo eleitoral. E isso não tem nada a haver com o canto da sereia, objeto da presente comparação.
Por outro lado, nenhum dos candidatos concorrentes ao pleito não dizem para os eleitores a verdade sobre a sua posição real na corrida eleitoral neste exato momento, apesar de faltar menos de sete dias para o dia da eleição. E isso é verdade, porque ninguém sabe a vontade do eleitorado antes das urnas apuradas.
Todos estão anestesiados pelos discursos da campanha, santificados e glorificados a procura de um só "altar" disputado por todos.
Em sendo assim, todos os candidatos cantam a vitória antes da hora, estão envolvidos e ou guiados pelo canto da sereia política do disse me disse e do lava roupas sujas dos políticos que temos da situação e ou da oposição. É o tema e ou mote principal do cotidiano da campanha. Nada de projetos estruturantes para a nação de pires na mão...
O eleitorado está com medo de faltar água e detergente em forma de sabão para lavar tantas roupas sujas dos candidatos envolvidos, onde no vale tudo é empregado, em política feio mesmo é perder. Não importa de onde venha à vitória.
O eleitor livre escolhe em quem votar por ideologia e ou por comparação, nunca influenciado por tapas nas costas em períodos eleitorais e muito menos por ajudas e ou cala-boca com o uso indevido do dinheiro público e ou privado.
Se os candidatos em disputas tivessem o resultado antecipados da eleição não era preciso tanto "impulso" no vale tudo do tapetão jurídico a procura do direito de resposta para jogar seus problemas para o disse me disse do eleitorado que já não sabe mais em quem deva e ou não acreditar. Tem verdades e mentiras, fakes para todos os gostos...
A campanha política é o lugar de lavar as roupas sujas dos candidatos sem choro e sem vela, seja verdade e ou mentira. Uma vez o fakes sendo publicado, antes da Justiça Eleitoral mandar tirar da o web e conceder o direito de resposta, o estrago já está feito, é essa a cultura política que temos.
Em campanha política os candidatos em tese perdem a "paciência" pela "eloquência" sem “clemência” e isso envolvem todas as ideologias defendidas pelos concorrentes. Ai entra pai, mãe, mulher, filho, amante, etc, para defender a “verdade” e ou “mentira” por eles inventadas e ou criadas para um derrubar o outro. Todos estão eleitos antes das urnas apuradas, isso faz parte da mesa que contém o "tabuleiro" do jogo, caso contrário o fracasso seria antecipado e o eleitor não gosta de votar em candidato derrotado, sem força e brio próprio. Tanto é assim que os candidatos que se saem maus nas pesquisas não acreditam nas mesmas e os que acreditam não tem certeza e ou justificativa plausível para tal desempenho...
Assim como a sereia e o seu canto que ninguém jamais “viu” e ou “ouviu”, porém, continua acreditando na sua existência, tem até quem diga que foi seduzido para o abismo de votar em "Fulano" e ou em "Sicrano", diante dos índices das pesquisas eleitorais, porque na web tem pesquisas para dar e vender elegendo todos os candidatos, agora danado mesmo é saber a esta altura do campeonato o que é verdade, mentira e ou fakes, fruto do disse me disse da propaganda eleitoral, assim como a prova existencial da sereia e de seu canto meloso como música de fim de festa que não tem uma só que preste.