Assim no céu, como na terra
Não me atenho ao que vejo e sinto, vou além!
Sei de um tempo galopante que por mim passou e não há nada que reverbere essa ilusão, esse fragmento de tempo que na iluminância se perdeu.
Sei de um tempo que não volta, ou volta: o tempo é o que não jaz. Os homens sim, estes jazem na obsolescência do esquecível, do tempo que os tragou. Renascer posto que não, é impossível, quem sabe em uma quinta dimensão.
No céu, no “Paradise is here”, na esquina incongruente onde o passo é menor que a perna. Trôpegos dias de cair no golpe, de acreditar tanto e se esfolar. Trôpegos dias de não ser o bastante pra preencher o vácuo que a incerteza traz em si. Ah, não pensar! Não viver dessa maneira! Negar, negar sempre e abafar a dor, eis o milagre.