A Oração do Observador
Fui ao mercado comprar meu almoço de ontem (um saco de batatas fritas) e um pão francês com gergelim. Pedi à moça da padaria um pãozinho. Ela sorriu maliciosa, vai saber o que ela queria com aquele sorrisinho... Agradeci a ela falei "Você tem um sorriso lindo, Gabriela." Ela ficou espantada com isso, abrindo um sorriso de enorme alegria. Acho que eu a fiz ganhar o dia. Eu poderia ter deixado o pão por lá mesmo, por descontentamento com a reação dela (o tal sorriso malicioso). Mas não. Preferi fazer o que a Vida me ensinou: dá a outra face. O poder de magoar, fazer sofrer etc. está nas mãos de todos. Mas também o poder de alegrar, trazer felicidades etc. Logo, cabe a nós decidirmos que poder vamos usar. De maldade o mundo já tá cheio. De mesquinhez (conheço-a bem de perto, pois sou funcionário público – hah! Entendam como quiserem, hahahahah!) também. Ora, o que nos custa levar a luz aonde só houver trevas? Compreensão onde só há confusão? E olha que nem cristão (cristão só houve um e esse morreu na cruz, conforme Nietzsche) eu sou. Sou cheio de defeitos. Mas não me escondo em igrejas, adorando a seres imaginários para, fora de lá, desrespeitar vizinhos, matar animais com veneno, fofocar sobre a vida alheia. Jamais. Se eu puder te ajudar, far-lo-ei. Caso contrário, não te atrapalharei.