O cheiro de relva
E em meio ao contraste desta “cidade de pedra” ainda consigo parar.
Eu paro e consigo recordar aqueles bons e velhos tempos.
Mesmo dentro de um trem da CPTM ou de um metrô lotado.
Ou ainda em meio a um trânsito infernal em São Paulo.
Eu ainda consigo lembrar aquele cheiro de relva todas as vezes que por aqui chove.
Lá isso era possível sentir logo de manhã bem cedinho.
O cheiro de relva molhada pelo orvalho da noite passada.
Ele trazia o cheiro da terra molhada.
O cheiro das plantas e flores.
E o cheiro da chuva.
O verde das matas.
O perfume das flores.
O céu azul.
O sol escaldante do meio dia.
Á noite o cheiro da “dama-da-noite” perfumando o ar.
E o "bem-te-vi" madrugador com seu canto anunciando o novo dia.
Revoando toda a mata.
E o uivo do “cachorro do mato”.
O canto do galo parecendo um “despertador”.
Quem morou sabe que não há lugar tão lindo como o meu sertão.
Em cismar aqui sozinho á noite mais prazer encontro eu lá.
Na minha terra ainda canta o “sabiá laranjeira”...