Filosofia de Mãe
TODOS os dias recordo da minha saudosa mãe, Dona Maria Almira Porto. Assim que acordo olho para o retrato dela na parede e. Imediatamente, recordo um episódio do passado envolvendo minha mãe: sempre ajudando, aconselhando, com aquela bondade e ternura que a caracterizavam. Nunca conheci com mais ternura e bondade.
Minha mãe era muito religiosa, Filha de Maria, enquanto meu pai era espírita. Fiz uma média da crença dos dois. No entanto, confesso que puxei mais a mãe no tocante à sua filosofia de vida. Ela tinha uma especie de sexto sentido para detectar pessoas negativas. Evitava quem tinha instinto violento, os odientos, mal-humorados e os sem ternura. Bastava trocar algumas palavras com alguém e, pronto, sabia se a pessoa era do bem ou do mal. Era tiro e queda. Nunca errou. Juro, sempre dizia aos filhos: - Evitem a companhia de pessoas que inspiram ódio, que são incapazes de gestos de ternura, violentos e provocadores. Detalhe: ela dizia que os maus estavam em todas as camadas sociais.
Tudo bem, acho mesmo que a filosofia da minha mãe era algo empírico e sem nenhuma base científica, mas sempre me guiei por ela. Evito os que inspiram ódio, os provocadores, os mal-humorados e, principalmente, os incapazes de gestos de ternura.
Até para votar sigo a receita de minha mãe. Não voto em provocador e nem adepto do ódio. Inté.