História Infantil: pequenos desfechos em atenção à Lúcia Tostes Gouveia.

Primeiro desfecho!

Uai, então quem sumiu não foi a Maria, foi o João.

Não vovô, quando ele veio aqui para casa, ele tinha uma arruelinha no pé falando que ele era macho!

Minha netinha não tem culpa, ela ainda não sabe, como muita gente grande por aí, a diferença entre determinação genética e psicológica. Uma arruelinha, assim como uma declaração de gênero, não anula a determinação genética. João, agora Josy, apesar da arruelinha, é fêmea!

Segundo desfecho!

Eu, passado o pasmo, sem assunto, falo para eles fazerem um omelete do ovinho do João, agora Josy, ao que minha netinha, indignada retruca, tal qual a mãe, nem pensar!

Este ovo só serve para comer, insisto. A netinha, do seu lado replica, vovô vou deixar ele chocar. Eu, besta caí na armadilha, o ovo do João, Josy, não está fecundado... que sabedoria de adulto lidando com crianças!

Vovô o que é fecundado?

Gaguejei e respondi: fecundado é quando o ovo tem uma célula masculina e uma célula feminina juntas, ai ele cria um novo ser vivo, se for uma calopsita, vai ser uma nova calopsita, se ovo de galinha vai ser um pintinho, ser for gente, vai ser um novo bebe.

Entendi, vovô!

Terceiro desfecho!

Moral da história infantil: quem não abandona a casa, quem cuida das crianças, quem alivia suas dores, ampara seus temores, é a mãe!