Sempre encontrei alguém que me ajudou

Hoje, enquanto lavava a louça, fiquei pensando nas pessoas que me ajudaram a aprender um pouco de francês.

Quando eu estava fazendo o curso ginasial, na quarta série, tinha que fazer uma análise de um poema em francês. Onde eu trabalhava, havia uma freira francesa. Pedi -lhe para me ajudar a fazer o estudo do poema. Ela me ajudou, e tirei uma boa nota.

Numa outra ocasião, precisei de uma tradutora de francês, pois eu tinha que estudar o diálogo de Menon, na República de Platão. Não era para eu ler o diálogo todo, só o trecho do diálogo de Sócrates e o escravo, pois eu tinha que comentar na prova de Filosofia.

Fui à biblioteca e consultei tudo sobre o diálogo, mas não encontrei em português, só em francês. Provavelmente na biblioteca tinha em português, mas eu não soube encontrar. Essa professora de Filosofia era genial em suas aulas, e o método utilizado para fazer as provas.

Fazíamos uma prova bimestral. Dois meses antes, ela dava o tema que deveríamos redigir na prova. Lembro-me de alguns temas: Matemática é ciência perfeita?; História é Ciência? Comente o diálogo de Sócrates e o escravo.Comente o livro: A arte de ser mulher. Só me lembro desses temas. Pesquisávamos sobre os temas e, na hora da prova, era só escrever. Ela passava de carteira em carteira e assinava a folha da prova. Assim não tinha como um aluno trazer a prova pronta de casa.

Conforme escrevi acima, copiei o diálogo em francês e precisava encontrar alguém que me ajudasse a traduzi-lo.

Falei com uma enfermeira, no hospital, onde eu trabalhava que eu precisava traduzir um texto em francês. Ela falou com a irmã dela. A irmã dela marcou um encontro comigo, numa salinha do hospital e traduziu o texto comigo. Assim pude estudar esse diálogo. Se fosse hoje, eu encontraria tudo na internet. Naquele tempo, não existia computador.

No Recanto também encontro alguém que me ajuda.

Um Recantista apontou um erro meu em um Haikai. Ele me escreveu um e-mail e comentou. Fiquei grata. Pude corrigi-lo.

Atiz