Um filme dos anos 50: San Antone
San Antone é um filme dos anos 50, cuja tradução do título, aliás, péssima, para o português recebeu a alcunha "Bandeira da desordem". A escolha não poderia ser pior!
O início é promissor. A mocinha (Arleen Whelan), no melhor estilo Katie Scarlet O'Hara, cria um clima tenso graças à sua inata leviandade e quase promove o enforcamento da personagem Chino (Rodolfo Acosta), salvo pelo gongo, ou melhor, pelo rifle do mocinho altaneiro (Rod Cameron)
Tudo, menos o conflito histórico
O que se delineava como um bom filme, cai na pasmaceira. Bois e vacas vendidas e não entregues. Rixas mal resolvidas. Ciumeiras! Tudo, menos o desenrolar da guerra de secessão que daria – ainda que fosse só um tiquinho - um clima mais denso à película, mas não. A opção foi pelo mais palatável.
O mocinho - que amava Katy Jurado (não a atriz; a personagem) – manteve, contrariando o pré-estabelecido pela indústria hollywoodiana, a chama deste amor e tudo ficou resolvido, menos a contrariedade do espectador que viu cair por terra sua esperança de um bom divertimento.
Fazer cinema não é simples! A Sétima Arte, por vezes diminuída, vilipendiada até, é pura Arte e por vezes prescinde de mais responsabilidade de quem se propõe realizador, prova irrefutável disso é o cinema brasileiro; filmes bons de verdade "made in brazil" dá pra contar nos dedos de uma mão.