Sons dos pingos de chuva
Cai desgovernadas ao atingir o telhado deixa ecoar sons como uma orquestra afinadíssima. Já com o corpo em um estado de repouso, essas notas com suas suaves sonorizações leva-o para um outro lugar onde a paz, a alegria e o amor um dia fez morada.
Chove intermitentemente nesse dia, a terra encharcada de água, onde a saturação foi vencida; mas não escorre enxurradas, não causa erosões, suas terras têm curvas de nível e caixas de contenção. Não se pode dizer o mesmo no outro terreno escondido perto do seu coração. Anos vividos neste lugar, ouve tempo que conjugavam boas colheitas com o nascimento de mais um varão.
Passou como fumaça no vendaval, cresceram criaram asas e voaram para outro lugar, o destino levou sua amada para o andar de cima, só restou está casinha amarela de alvenaria, o terreno dividido em partes iguais, tem um pasto pequeno que suporta umas 10 (Dez) cabeças de gado, a cabeceira arrendada para a usina canavieira, e na baixada um terreno de solo fértil que é diversifica do entre um arrozal de irrigação e uma horta, tudo acompanha as estações.
Aqui neste cantinho do mundo, passa seus dias em plena sintonia com a natureza, esperando findar um dia, na esperança de um novo logo chega, nas noites escuras vai no rio pegar bagre, na lua cheia cor de prata senta na varanda faz serenata pra ela, na esperança que sua amada lá de cima possa ouvir.