SÓ DEUS NA CAUSA

Francisco de Paula Melo Aguiar

Nenhuma pessoa pode controlar outra que por si só é naturalmente incontrolável, desde o Jardim do Edem aos dias atuais. Nada se pode garantir e ou controlar sobre o outro. Agora cada pessoa pode controlar a autoimagem, as atitudes relacionais com outra pessoa, o próprio aprendizado, ouvir o que se quer ouvir, aceitar o ponto de vista de outras pessoas, o próprio respeito sobre a vida, o respeito relacionado ao tempo de fazer e de deixar de fazer algo, a expressão positiva e ou negativa pela ideia que faz sobre atos e fatos, o tempo dedicado ou não para saber ouvir, calar e ou falar.

Agora cada pessoa pode controlar a maneira de como se relaciona com as outras pessoas. Isso mesmo, construindo uma espécie de "ponte" e ou de travessia e ou possibilidade dela se dignar a acatar e ou respeitar o seu ponto de vista.

Agora cada pessoa acredita no que quer acreditar, não existe uma fórmula pronta no comportamento e nas necessidades básicas das pessoas.

O que se passa mesmo nas cabeças das pessoas sobre determinado assunto, tema e ou valor que fede e não incomoda igualmente para todos. E se cheira bem e ou mal, também não contempla o que o outro pensa e quer dos outros.

A autoimagem que se tem e que se faz de si e do outro é terra movediça e desconhecida.

O proselitismo está no ar para vender e comprar a autoimagem estruturante dos palanques ideológicos de projetos "nanicos" de poder pessoal, portanto, desconhecidos e distantes do imaginário popular.

Então é importante lembrar que ninguém controla ninguém em sua maneira de ouvir, falar e decidir.

O outro é algo desconhecido na mente humana, terreno abstrato.

O ser humano é surpresa sobre surpresas.

Então, ninguém muda ninguém, a única esperança é que os outros mudem. Essa é a única chance que se tem, desde que passou a existir o ser humano na terra , então, vamos pedir a Deus a serenidade para aceitar as pessoas que não podemos mudar, coragem para mudar as pessoas que podemos mudar e a sabedoria necessária para distinguir umas das outras.