MUDAR OU NÃO MUDAR?
Francisco de Paula Melo Aguiar
É uma decisão pessoal mudar ou não mudar? O outro pode até oferecer ajuda e ou oferecer apoio e ou adesão e ou solidariedade, porém, seja qual for o esforço e ou ajuda dada, a mudança de água para o vinho e ou vice-versa não acontece como o milagre das bodas de Canaã de autoria do Divino Mestre. Ninguém consegue fazer alguém entrar no ritmo do outro como se quer, se pode até enganar alguém durante "muito" tempo, porém, isso não significa o tempo todo. Assim é cada ser humano, tem ritmo próprio para mudar e ou não mudar? A mudança só acontecerá se vier de dentro para fora e nunca de fora para dentro. Por imposição e ou pressão externa a mudança é precária, se pode até aumentar a probabilidade do outro mudar e ou não mudar? Porém, isso só acontecerá de fato se o outro assumir a responsabilidade pessoal em querer mudar. O assunto é complexo demais, ninguém muda ninguém. Os pais, por exemplo, podem incentivar e apoiar o filho a estudar, porém, ele só estuda se quiser, pode até estar dentro da escola fisicamente falando, porém, mentalmente ausente. É importante incentivar a mudança, porém, controlar a impulsividade do outro não. Portanto, esse é um ponto fraco e ou frágil, porém presente em todas as pessoas.
Em síntese, não se pode controlar por exemplo, a atitude e ou a receptividade e ou a capacidade humana de "serviência" e de "subserviência" do outro, enquanto pessoa que tem projeto pessoal de poder político, familiar, educacional, religiosidade, lazer, financeiro, econômico, esportivo, etc. O outro só ouve o que quer ouvir, tem motivações pessoais, prioridades e até disponibilidades. É o gostar e ou não gostar do outro, isso é um ponto frágil, ninguém pode controlar isso como se controla a medição de água e energia elétrica e jamais o consumo. Não se controla a capacidade humana e o nível de compreensão e ou aceitação do ponto de vista e ou discurso alheio e aceitar no todo e ou em parte os outros, assim são as pessoas, bem como suas decisões nunca controláveis, assim fez Deus, tudo, inclusive Adão e Eva, porém, deixou-os livres para fazerem o que quiserem fazer, sem deixar de serem suas imagens e semelhanças, criaturas e nunca criadores do Criador.