Grande Pequeno Príncipe - BVIW

Tema: o que aprendi com o livro…

As pessoas grandes adoram números, segundo Saint-Exupéry. Como explicou, se contamos a uma pessoa grande que vimos "uma bela casa de tijolos cor-de-rosa, gerânios nas janelas e pombas no telhado", ela simplesmente não terá a mínima ideia de como a casa seja. Mas se dissermos que vimos uma casa de alguns milhões de reais, aí ela dirá que a casa é uma beleza! E eu inventando agora: se contarmos a uma pessoa grande que duas pessoas se encontraram no amor, que elas se respeitam, se ajudam, que gostam de fazer as coisas juntas, como cavalgar, pescar, viajar, contar as estrelas, decifrar as nuvens… É bem capaz da pessoa grande não compreender nadinha desse encontro de almas, mas perguntar: que idade eles têm? Quanto ganham cada um fazendo o quê? Quantos quilômetros separam suas casas? Quanto vale a casa dela? E a dele? Hum, o carro dele é bom, deve valer uma nota! Mas o carro dela vale uma quinquilharia, coitada! Etc… etc… O mundo das aparências, da pobreza de espírito, nunca me seduziu.

Saint-Exupéry estava certíssimo ao afirmar que "o essencial é invisível aos olhos". E no seu "O Pequeno Príncipe" sempre encontrei muitos ensinamentos e profundidade. Incrivel que quando o leio de novo, fico emocionada e uma gotinha de lágrima acaba escorrendo do olho. É que a singeleza da receita da vida é bonita demais!