OPERÁRIA DAS LETRAS (BVIW)

 

Ainda não compreendia bem o sentido de tudo, e me apaixonei. Foi revolucionário e à frente do meu tempo: um amor plural. Paixão demasiada sem vergonha de ser feliz. Quando me enamorei pelos livros, tive noção do grande bem que faziam. Percebi neles o poder de sanar obscuridades, de alargar o entendimento diverso, e de me livrar do oco da ignorância. Depois deles, me senti inteira. Eram a metade que me faltava.

 

Além de companhia, cada livro foi me ensinando a ver a vida por outro prisma, e o melhor, sentia-me capacitada para a criação de conteúdos próprios. A mente se iluminava para receber e acumular conhecimentos, e a partir disso, as lições recebidas a cada leitura, foram esculpindo meu caráter de acordo com as circunstâncias.

 

As escolhas feitas, na seleção das obras, me auxiliaram a ter opinião seleta a respeito de diversas dúvidas. Ninguém conseguiria mais conter a fome das minhas descobertas. Do momento em que experimentei a grandeza do saber, me senti livre e resoluta para meus gostos, e tudo que desejei evoluir ou construir.

 

Os livros transformaram meu cosmo particular, e me oportunizaram ao desenvolvimento intelectual. Ainda me considero apenas um ser pensante, uma operária das letras, mas já sei exercer funções básicas para satisfação pessoal. 

 

 

Tema proposto pelo BVIW: "O que aprendi com o livro".

 

(BVIW - *BECOMING VERY IMPORTANTE WRITER/ "Tornando-se um escritor muito importante").