O debate presidencial teve como principal protagonista o direito de resposta. Deu-se saraivada de acusações, teve fake padre e, tantos outros episódios que foram do emblemático ao cômico. Infelizmente, os graves problemas da nação, como altos índices de desemprego, de pobreza e a carência na saúde e educação brasileiras não foram os alvos do debate. Continuamos a surfar superficialmente, equilibrando-se o diálogo em prosopopeia, insultos e toda sorte de desrespeito insano e pouco civilizado. Por mais de uma ocasião, teve-se que alertar sobre as regras para o debate. Até o inferno foi convocado para o debate nacional, esquecendo talvez, que este é mesmo aqui. Onde não há respeito. Há bipolarização. Há assassinatos crassos e passionais por meras questões ideológicas e partidárias.  Lembremos que um dos fundamentos de nossa nação é o princípio da dignidade humana. Ao fundo, num cenário pungente, há um número recorde de eleitores, e as eleições não só irão definir a Presidência da República, mas submeter nossa recente democracia a um teste de atletismo, para superar as agruras de uma herança autoritária e mordaz. Esse texto é um alerta para que haja um voto útil. E, diga não ao voto em branco ou nulo. Esse texto é um grito desesperado de nossa cidadania que é construída todos os dias, e que precisa de cada cidadão, de cada opinião e, de cada voto. Exerça o seu direito de votar e, aprenda a conviver com ideias diferentes das suas. Cumpra seu dever cívico numa democracia. Aprenda a conviver com a diversidade que só traz riqueza e aprendizagem. Por derradeiro, uma frase da notável Rosa Luxemburgo: "Por um mundo onde sejamos socialmente iguais, humanamente diferentes e totalmente livres".

GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 01/10/2022
Reeditado em 01/03/2023
Código do texto: T7618117
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