Alma triste, porém esperançosa
Seu corpo não se encaixava nos requisitos atuais dos modelos, mas sentia se bem daquela forma vivendo e fazendo dela um jardim, por onde passava deixava um “aroma” gostoso, sempre sorridente e com um colorido que contagiava a todos. Parecia sentir e pertencer totalmente àquela vida, tudo se resumia em um patrimônio seu. Na verdade, passava uma leve impressão que estávamos diante de sonhador.
Como a paisagem ajudava, gramado verdes, palmeiras frondosas, nas horas vagas no balanço conversávamos assuntos variados, com seu ar de nobreza, respondia com calma e serenidade. Quando descambávamos pelo mundo do passado, éramos regado com lágrimas de gratidão, oxalá! Nas lembranças dos pequenos, que criaram asas e voaram bem longe. Meus assim fazemos pedidos e orações como antes. Reina nesse momento a paz e um silêncio, tem-se impressão que tamos sentindo a mesma coisa, o aroma dos jasmins se misturam com imagens deles pequeninos.
Porém olho envolta e não a vejo, mas como ela nesse momento estava ao meu lado? Sentadinha naquele banco de madeira.... focada em algo em quando despencava folhas, flores do belo pé de ipê formando bonito tapete no gramado.
Já se faz tarde, o sol está se despedindo, os pássaros empolavam com suas sinfonias nas moitas de bambu, e na copa da mangueira, e o velho pé de ipê.
Deixo o devaneio de lado, essa é a memória mais afetiva de minha vida, nela ficaram registrados os dias que não quero esquecer. Aquelas cenas é a razão do porque vivo até hoje, espero que você venha encontrar uma companheira que se assemelha a sua vó.