Voto Indireto
Prevê o artigo 14 da Constituição Federal de 1988 que "a soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto com valor igual para todos e nos termos da lei"... O que interessa aqui é o termo direto descrito no referido artigo e precisa de muita atenção, principalmente em relação ao nosso dever cívico eleitoral.
Muito bem, a Carta de 1988 mostra o poder do voto e consequente a livre escolha do povo à direção do executivo, legislativo e "indiretamente o judiciário", mas esta referência será objeto de outro texto, não cabe aqui neste momento, pois a tese é longa. Continuando, nossa escolha é essencialmente direta, com algumas exceções vistas de modo adjeto à proporcionalidade dos cargos do legislativo.
Direto ao ponto e sem delongas, é preciso entender o que pode ocorrer neste pleito de outubro do ano corrente, visto que existe polarização política por pensamentos completamente opostos e o povo fica no meio. Há muita confusão nesse processo, mas não é de arrepiar que a intenção é essa mesmo, pelos fatos de que de um lado há o candidato (atual presidente) que defende os valores morais do povo brasileiro e do outro o socialismo como forma de política.
A atenção maior é no seguinte: imaginemos o primeiro candidato citado acima que está isolado em um polo conservador e tem sem dúvida preferência da maioria do eleitorado brasileiro enquanto o opositor tem em sua companhia os demais candidatos que podem sim proporcionar o chamado "voto indireto".
Está bem, explico o porquê: essa banda que aparece do terceiro para baixo, não tem condições de chegar ao Planalto, isso é fato, então, a terceira posição poderá levar votos dos indecisos, isto é, de pessoas que não concordam com a atual gestão e rejeitam aquele que foi condenado criminalmente, porém não absolvido, muito menos inocentado, mas não é esta minha discussão agora, nem opinião. Essa massa de votantes, presta atenção, vai contribuir para que haja um segundo turno, e havendo-o para onde irão esses votos, senão para o atual opositor ou pode favorecê-lo, pois é bem provável que a chamada terceira via opte por apoiar o concorrente da esquerda.
Trata-se aqui, de uma forma aliviada com consciência relativamente tranquila de que não votou naquele que rejeitava, contudo, no fundo espera um governo socialista, porque com certeza contribuirá para um futuro gestado por governo indigesto e que com certeza não pensará nos pobres.
O voto é valioso, não desperdice-o!!!
Romualdo Santos do Paço, advogado defensor da justiça, da liberdade, amante das letras e amigo dos números.