Circo dos horrores

Ouvi outro dia um comentário de alguém, se referindo a política como "circo dos horrores".

Sem querer macular, denegrir e em hipótese alguma diminuir o circo, nem tampouco, os verdadeiros artistas desta belíssima arte circense; considerei uma adjetivação perfeita para a política atual, haja vista, ser o circo comumente definido como uma companhia em coletivo que reúne artistas de diferentes especialidades, como malabarismo, palhaçadas, acrobacia, contorcionismo, ilusionismo, entre outros e, assim sendo, enquadrar-se nesta analogia.

De fato, em período eleitoral - salvaguardada raríssimas exceções, o que se ver é um verdadeiro circo dos horrores, com "palhaços, acrobatas, ilusionistas e contorcionistas", aproveitando da curta memória do eleitor, para empreender verdadeiras palhaçadas, acrobacias, ilusionismo e, se contorcendo para encobrir os malfeitos e/ou nada feito e, mais uma vez ludibriar, isto é, fazer acreditar em algo que não é verdadeiro, enganando com palavras capciosas e usando de dissimulação.

É bem verdade, que o eleitor tem se tornado mais sapiente e, por sua vez, mais atento a esta prática de repetitividade quadrienal que vem se desmoronando e, por sua vez, perdendo sustentação.

Todavia, no afã de levarem a feito seus projetos capciosos ancorados na desgastada e sem efeito tríade da Educação, Saúde e Segurança, no pleito atual - (ano 2022), em um verdadeiro ilusionismo, tem sido acrescido ao roteiro da enganação e de promessas nunca cumpridas, a "causa animal".

Outrossim, é que em um passado não muito distante, encontrar-se com um político era motivo de muita euforia por jugar se está diante de uma "sumidade" e, talvez, por falta de conhecimento e/ou por informações tendenciosas, veiculada ao bel-prazer dos canais de noticias, enxergava-se nele a solução para os problemas.

Contudo, com o advento da tecnologia que propiciou o acesso irrestrito as verdadeiras informações e, com isto, retirando a turbidez visual da população, possibilitou a maioria enxergar a constante prática da arte da enganação praticada por eles, transformando a disposição emocional de respeito, consideração e até veneração, em sentimentos de repulsa e descontentamento.

Por fim, estando presente todas as especialidades conceitual do circo, só que em conotação de unidade significativa em sentido contrário e incompatível na prática política atualmente, é que foi feito a relação de semelhança: circo, só que dos horrores.