Tempo de eleições

Perdi a conta quantas vezes ao longo da vida respondi o que é a esperança. Respondia, via de regra, como sempre ouvira toda a vida – é a última coisa a morrer! Hoje, penso que a esperança é o motor de arranque do meu dia-a-dia, a razão pela qual coloco a minha mochila às costas, ainda cheia de sonhos, e parto à descoberta da felicidade. Da Felicidade? Depois dos cinquenta? Mas onde está escrito que há normas, idades e leis para se ser feliz?!? A felicidade é daqueles que sabem sonhar e descobrir um céu azul, apesar da sombra cinzenta de uma cruz. A felicidade é daqueles que já perderam tudo mas sabem encher as mãos de pétalas de sol e de luar.

A felicidade é daqueles que fizeram dos seus casulos de dor, o lugar onde acolhem aqueles que já não acreditam.

Realmente a esperança casou com a felicidade, teceram um manto transparente mas forte como uma teia que resiste a todas as intempéries.

E a esperança? E os sonhos? E a felicidade que se viveu? – “passou, tudo passou...” – dizem. Mentira! Quem pode apagar a luz que se guarda na alma? Quem pode calar um coração que conheceu a sintonia do amor? Quem pode aprisionar os sonhos que andam por aí, soltos e esvoaçantes? Ah! Como a esperança é minha aliada! E quando eles gritam como aves agoirentas: já não há nada a fazer, eu sussurro baixinho – Há sim! Basta só esperar...

BiaSil
Enviado por BiaSil em 25/09/2022
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