Depois da tempestade
Quando se dissipam as nuvens que esconderam toda a luz do dia de ontem, e vemos os primeiros raios sol surgindo no dia, ainda jovem, percebemos que o medo da tempestade é algo completamente despropositado e insano.
Nos perdemos na escuridão, e incapazes de enxergar, não nos entregamos aos nossos instintos mais primários, que é o da adaptação, pois podemos sim enxergar fora da luz, mas para que isso aconteça naquele momento é necessário que nos esqueçamos da luz e foquemos na sua ausência... Ainda somos capazes de lembrar onde estão as "coisas" à nossa volta... São essas lembranças que vão nos orientar por um período, mas o medo não nos faz ver que é provisório,então nos cegamos com ele, e no desespero, nos rendemos à incerteza, e ao desconforto do desconhecido.
Tateando no vácuo, nos reencontramos com sentimentos, que nos possibilitam ver que nada é inédito, que as sensações se repetem com roupagens novas, e retirando essa vestes que acobertas nossas emoções, podemos ver que já são velhas conhecidas e que já foram vencidas, e que só nos amedrontam agora porque ainda não somos capazes de perceber que não é nada externo que nos amedronta, e sim tudo aquilo que está dentro de nós.
E quando nos expomos à luz, vemos que foi só um momento ruim.