Crônica de domingo (para São Jack e Louise)
Aluu! Iterluarit kumoorn meus caros 23 fieis leitores e demais 36 que de quando em vez passam aqui por meu passeio literário a fim de ler crônicas domingueiras. Ajuungila?
E aí, já foram na missa? No culto? Na sessão espírita? No trabalho? Domingo é dia de missa, culto, sessão e trabalho, não é mesmo? De missa tenho certeza que é, sobre os outros estou chutando, esperando que vá a gol. Todavia, nem só de missa vive o domingo. É dia de futebol, pelo menos pra quem é série A, o que exclui vascaínos, cruzeirenses, baianos, eu e o mestre Dartanhão, isto é, gremistas e sportianos recifenses (embora o mestre seja um vermelinho gaúcho, lamentavelmente, o que prova que nem o mestre é perfeito).
Mas nem só de missa e de futebol vive o domingo, também. É dia de encontro com a família pro almoço, pra passear no parque, coisas do tipo. Lazer e convívio social despreocupado. Em outras palavras, dia de viver, pois trabalhar (o que se faz nos outros dias) é sobreviver, não viver. Logo, viva a vida, viva os domingos! Viva a cachaça! Viva a cerveja! Viva o vinho! Viva o Jack Daniels Honey! Sim, nunca esqueçamos o velho Jack, que estou tomando agora. Deu saudade da mãe, fazer o que, né? Agora bebo sozinho, sem a companhia daqueles olhos verdes amados e acolhedores. A Louise tem olhos verdes, mas só bebe vinho e depois do almoço, essa gringa.
Domingo é dia de Jack! Todo dia é dia de Jack, mas o domingo é o único dia de São Jack, o dia santo em que eu sempre bebo Jack (nos outros sou errático, que é pra não virar bêbado e incomodar a Louise). Não vou na missa, mas sento pela manhã e tomo umas doses, preparando-me para o almoço, que é a minha forma de pensar na vida e no Lord. Ué, o que que tem? O padre pode beber vinho na missa, mas eu não posso tomar o Jack e rezar, pensar no Lord? É tudo uma questão de cultura, ora bolas. Duas ou três doses numa manhã de domingo não matam nem embebedam ninguém, mas nos aproximam do Lord e ainda nos fazem lembrar daqueles amados que ja se foram. O Jack é como o Santo Daime para mim, e posso garantir que não fico doidão como os caras adoradores do chá alucinógeno. Ademais, não está escrito no livro: o mal é o que sai da boca do homem? Via de regra e guardadas as devidas proporções, é isso. Logo, viva o vinho do padre, o Santo Daime e o São Jack.
Como diz o samba: "Eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe e tá morrendo". Bebo, mas não dirijo. A Louise dirige, ela é fera nisso, que mulher. Se já não fosse minha mulher, eu a contraria como chofer e a tornaria minha amante. Assim, ela é minha 3 em 1: esposa, chofer e amante. Amo essa mulher, não vivo sem ela e ela não vive sem o meu cartão. Por isso, um pouco, é que troco umas ideias com o Jack, ele é um baita conselheiro. "Tu és responsável por quem tu cativas", ele me diz, citando Exupery, sobre a minha gringa. Concordo com ele, pois eu é que a trouxe lá de Faxinal do Soturno e, ademais, a Louise adoça mais a minha vida e a minha boca do que o Jack Daniels Honey consegue. Ah, que mulher!
E era isso por esse domingo. Deixem-me beber e rezar em paz, antes do almoço.
Qujanaq por terem dado uma passadinha por aqui hoje. Takuss"!
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Era isso pessoal. Toda sexta, às 17h19min, estarei aqui no RL com uma nova crônica. Abraço a todos.. Abraço a todos.
MAIS TEXTOS em:
http://charkycity.blogspot.com
(Não sei porque eu ainda coloco o link desse blog, eu perdi a senha e não atualizo ele há séculos. Até eu descobrir o motivo pelo qual continuo divulgando esse link, vou mantê-lo. Na dúvida, não ultrapasse, né. Acho que continuarei seguindo o conselho que a Giustina deu num comentário em 23 de outubro de 2013: "23/10/2013 00:18 - Giustina
Oi, Antônio! Como hoje não é mais aquele hoje, acredito que não estejas mais chateado... rsrrs! Quanto ao teu blog, sugiro que continues a divulgá-lo, afinal, numa dessas tu lembras tua senha... Grande abraço".)
CARTA ABERTA aos meus caros 23 fieis leitores:
https://www.recantodasletras.com.br/cartas/3403862
GLOSSÁRIO KALAALLISUT:
Aluu - Olá.
Iterluarit kumoorn - bom dia.
Inuugujaq - Boa tarde.
Ajuungila - Como estão?
Qujanaq - Obrigado.
Takuss' - Até mais.
Antônio Rollim Fernando de Braga Bacamarte