Sessentando...
Ao curvar-me diante da idade que chegou, e que bom que chegou, senão nem poderia deixar esse registro aqui, fui sendo tomada por um turbilhão de emoções e de reações químicas corporais. Isso me fez reconhecer o peso que haveria de sustentar a partir de então. Mais interessante que, ainda que eu estivesse vendo a proximidade, caiu sobre mim. como uma catapulta direcionada com precisão.
O que é certo, chegou e tem me cobrado rever a todo momento o que falo, o que faço, como faço para merecer de meu Pai Celestial o melhor e tão sonhado dos prêmios ( posso parecer pretenciosa, porém é minha META maior e constante).
Parece a mim que hoje NADA me é tão caro, nada me é tão relevante, afinal tenho experimentado descer e descer a minha insignificância.
Um olhar diferenciado tenho hoje que até a mim parece estranho, mas estou vendo. Percebo-me de fora a observar como as coisas acontecem, como as pessoas agem em suas pressas arvoradas para TER e TER. Quão nada relevante para mim! Busco apenas ser altruísta, ser grata, quero fazer ao outro o máximo que puder e nesse momento. Que estranho mesmo!
21 de setembro, dia da minha primavera e que tem a cada ano um sabor melhor. Pensei e planejei festejar e no fim o que restava de sentimento é que seria um contrassenso. Se Deus tem me visto buscar viver com menos e agir mais, como é que vou fazer festa? Que festa é melhor que voltar para Ele que a todo tempo me ama, me sustenta com amor desmedido?!
Ao declinar da festa fui muito questionada. Mantive-me firme ainda que não pudesse explicar muito e nem precisa. Que cada um a seu TEMPO (Ecle. 3, 1-11), busque respostas se tiver interesse.
Interessante que o dia foi marcado por uma passagem no ambiente hospitalar para uma atendimento de urgência e recebi como um presente que me prepara para entender mais rapidamente quem sou aqui. Independente de ser nesse dia, foi apenas mais um e eu que fiquei a pensar que nem chegaria. Mais uma vez confirmei: Minha VIDA está em vossas mãos Pai AMADO.
Enquanto ocupava -me em esperar por atendimento, meu filho do lado de fora estaria ansioso, afinal uma viagem internacional era o que lhe sugava as energias e sua mãe? Poxa! Tirou o rumo do que programou. Ainda assim sou-me muito grata pois disse sim, foi e ficou comigo até o fim. Obrigada filho, Obrigada Deus por essa atitude madura, hoje. Tem presente maior? Não, pois foram mudanças em mim que resultaram nessa atenção.
Ao voltar para casa, pude constatar que a pressa tanto para mim quanto pra ele foi insignificante e voltar para a casa em que vivemos reduziu-nos de novo ao dia a dia. O tempo tem seu curso e vai passar, queiramos nós ou não.
Daí como vejo hoje!
Que viva um dia de cada vez!
Que aproveite para conhecer mais a PALAVRA, o VERBO.
Tudo passará, mas as TUAS palavras não passarão!
Obrigada Família. Obrigada amigos. Obrigada Deus. Tenho Nada. Tenho TUDO. A quem tem Deus nada falta, Só Deus basta! (Sta Teresa DÁvila).