CHOVENDO NO MOLHADO

Os ventos da Primavera nos chegam com lufadas de esperança. A terrível pandemia já dá sinais de que é possível sonhar com o seu fim; de que é verdade o adágio antigo, de que não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe. Infelizmente há outro ditado que diz que toda regra tem exceção. Isto nos leva a outro assunto do momento: as eleições. A política, como é praticada em nosso país continua sendo uma das piores do mundo. Não digo da eleição em si, urnas eletrônicas já comprovaram sua praticidade e segurança. Falo da honorabilidade dos candidatos que, com raríssimas exceções, não têm preparo nem intenção de realizar um bom trabalho. De um tempo pra cá estabeleceu-se a necessidade de se votar no menos pior. Para onde isto nos levará? Estamos vivenciando a mesma situação da eleição passada: votar em Lula para escapar de Bolsonaro. Antes votaram em Bolsonaro para fugir de Lula. O país fica parado, preso a um círculo vicioso, até quando? A culpa é totalmente nossa, da nossa dicotomia. Temos que sair desta armadilha. É hora de experimentar outra opção. Deixemos que Bolsonaro e Lula sejam entregues à visão do tempo e da história, que os condenará ou absolverá.