QUERER NÃO É PUDER
Francisco de Paula Melo Aguiar
Querer não é puder, porque "querer" é a faculdade, o sonho de consumo, a vontade, a aspiração, a decisão interna unilateral, enquanto "puder" depende de uma série de elementos materiais e imateriais, como por exemplo, a autoapresentação como trilha e ou caminho atitudinal sem deixar pegadas fora da areia em terreno não movediço.
Assim sendo, quem não quer entrar no céu? Se salvar? Agora, quem garante que ao morrer vai entrar no céu? E qual o endereço do céu? E o céu está dentro e ou fora do ser humanos? Quais as ações e atitudes que fundamentam a salvação do corpo, da alma, do espírito e do bolso/finanças? O que é ser feliz? O que é ser infeliz? Por que o dinheiro compra tudo é ou quase tudo e não compra a felicidade e ou infelicidade? Etc.
A história de cada pessoa é como a pessoa boa ou mau conta, tudo é muito relativo.
Em uma cidade, estado e ou país o que a população quer o que? Essa indagação tem mil e uma resposta, no caso brasileiro que se estima ter 215 (duzentos e quinze) milhões de habitantes. Então, assim se tem igual número de indagações e respostas para cada tipo de perfis e sonhos possíveis e impossíveis. Alguém vai puxar a brasa para sua sardinha mais do que o outro, assim sucessivamente, pode trazer a felicidade para uns e a infelicidade para outros.
Desse modo, por exemplo, quem paga as taxas de consumo de água, telefone e energia elétrica, quer no mínimo o cumprimento em termo de fornecimento de tais serviços aos consumidores. É a previsão que se tem em tese, porém, não é regra sem falha. Aqui (Santa Rita)por exemplo, na noite de 21 para 22 de setembro, a cidade ficou subitamente no escuro, a população que depende da energia elétrica para manter legumes, carnes e frutas conservadas para consumo, ficaram com as geladeiras desligadas por obra e graça da concessionária de tal serviço sem aviso prévio da interrupção por mais de três ou quatro horas. E isso também tirou o sono de milhares de santa-ritenses pela falta da energia para movimentar os ventiladores e arcondicionados. Uma noite terrível, calor acima do normal sem energia elétrica para garantir o conforto dos usuários. Só nos primeiros minutos do fim da madrugada a energia elétrica foi restabelecida nos domicílios.
Então, provado está que "querer não é puder", porque o puder depende do outro querer.
A quem interessa o não fornecimento de energia elétrica a uma população inteira nas vésperas das eleições gerais? Será o adiantamento do pagamento prévio do consumo da energia que fará ligar as urnas no dia do pleito? As respostas ficam por conta das possíveis deduções analógicas e ou digitais dos neurônios sonolentos da noite em claro dos leitores da presente crônica.