NÃO TENHO NADA PARA APRENDER.

Ninguém tem nada a me ensinar e tenho muito a aprender. Seria pretensão? Parece. Ao contrário, indica insuficiência para penetrar no que é indecifrável e instiga por toda a vida. E tantos repetem indicativos primários de condutas desejadas, como se fossem exaustivas para o desejável. Um dia, estou certo, aprenderei.

O que é a vida, esse milagre de várias facetas, plurais consequências e poucas ou praticamente nenhuma explicação, onde se debatem existências, algumas tolas, citando ensinamentos que nada ensinam para satisfação de real conhecimento.

Só aprendo comigo, e será sempre assim, mesmo voltado para o interior. Por quê? Por ser raiz das poucas apreensões que consegui acumular, mas simplesmente do corriqueiro como todos. É o ponto de partida para meu convencimento, e acho que de todos que se aparelham para viabilizar uma razoabilidade de vida com lógica mínima. Mera produção avaliativa de outras experiências, apequenadas, recebidas com reservas. Nada importante, a não ser o complexo que encerra complexidades; viver.

Nada da importância dos grandes temas que estão segregados consigo alcançar, e ninguém consegue, nem os grandes cérebros. Até mesmo do simplório, como qual a razão de uma árvore lançar galhos e folhas para todos os lados em movimentos diversos. Diriam, procuram o sol, etc, ou a compreensão da botânica em seus apertados compartimentos de origem.

Como também, por exemplo, posso controlar meus movimentos de braços e pernas, nessa ou naquela direção, se não tenho problemas de mobilidade, mas não posso comandar meus filtros internos biológicos, rins, fígado, etc. Eles trabalham com suas necessidades e voluntarismos naturais de acordo com o que vou ingerir. Quem e como isso foi planejado?

Esse é o impasse, meu interior sabe pouco das razões de nossa jornada, a razão de chegarmos sem pedir e a hora de partir contra a nossa vontade, para uma vida eterna, assim ensinado pelas crenças, vida eterna, mas que ninguém quer.

E somente em nosso interior encontraremos respostas. Isso é praticamente impossível; ou aceitaremos esse vazio, e ficaremos sem elas, como acontece.

E elas não surgem. Se surgem, como sonhos, nos surpreendem.

Chegam com calma, alívios de sensibilidade por e para onirismos , para pacificar os que entenderam essa breve passagem, sem sacralidades impulsionadas por desconhecimento, pois é sempre difícil o entendimento. Responde sempre nosso interior com pouco, do pouco que pode.

Um massacre das realidades humanas corre com a velocidade inimaginável em nossa frente.

Fica mais cruel e agônico entender o cenário em que vivemos. Por quê? Se não sabemos integralmente a razão de chegarmos e os fundamentos para a partida e para onde, por que tanta indiferença, violência, falta de amor, se a única certeza é um dia partir? Partir para o lugar de onde viemos. Qual lugar? Um lugar de paz onde há amor, única força que pode movimentar a natureza.

Por um ato de amor, principalmente que negamos, (amai ao próximo como a si mesmo), chegamos. E partiremos para uma pátria da qual viemos e não conhecemos conscientemente onde o amor deve reinar, a eternidade. A Pátria da Paz.

Se você for um cidadão do mundo verá essa crueza nesse planeta, falta de amor. Temos que conviver com tudo isso, para descobrir algum dia, quem sabe, as respostas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/09/2022
Reeditado em 21/09/2022
Código do texto: T7611259
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