Matuto Radical
ALGUNS amigos estão achando que estou extrapolando na minha insistência quase obsessiva que virou samba de uma nota só. Não que esteja mentindo ou caminhando. O que está incmodando é a minha forçada de barra em evocar defender o passado. Na verdade, não consigo me adaptar aos novos tempos; nem, confesso, faço o menor esforço para me atualizar. Continuo fiel ao meu mundinho de outrora. Sou do tempo do ronca (adoro ele, noves fora os tabus e preconceitos daquela epoca). Nelson Rodrigues disse que a televisão matou a janela. Uma verdade abissal. Fosse vi o hoje diria que as redes e a Internet assassinaram a vida natural, transformou o papo mas ruas, praças, bares evaté em casa, um papo virtual. As pessoas mesmo na presença das outras não param de batucar nas suas maquininha. Não vou fazer ilação mas, quem sabe, deve estar fazendo até sexo virtual.
Viu ainda ser mais franco: mesmo que fosse obrigado a mudar não coseguiria. Se mudasse viraria um morto-vivo, alguém que estaria seguindo uma manada por pressão. Um infeliz. Prefiro continuar sendo um matuto radical. Detesto a moda. Inté.