19/09/2022 - Segundou
Após uma longa noite de atividades da faculdade, tirei um cochilo. Acordei exatamente dois minutos antes do alarme tocar e levantei rapidamente para desativá-lo. Tomei um banho, me arrumei da forma mais confortável com meu traje de academia, me preparando para fazer a melhor combinação de roupas, um short cinza e uma camisa da mesma cor. E não podia esquecer de levar um conjunto limpo para trocar. Levei minha roupa extra numa bolsa separada, já que minha bolsa principal estava com quatro livros atrasados da biblioteca (que eu iria carregar até chegar na biblioteca da universidade para devolvê-los)
Chequei o WhatsApp enquanto tomava uma deliciosa xícara de café com leite e o que mais tiver, café coado que meu pai prepara todas as manhãs.
Andei até a parada mais próxima: desci uma ladeira, subi outra e atravessei uma rua passando por uma curva, depois outra e segui para atravessar uma principal, a parada se encontrava lá, inicialmente vazia, sinal de meu ônibus já havia passado. Esperei pacientemente um segundo ônibus, número 350, tinha até ar-condicionado e não estava lotado, razão pela qual sempre saio bem cedo de casa.
Partindo da Avenida Timbiras, cortando a Avenida das Torres, o ônibus tomou sua direção em sentido à região do centro da cidade, embora minha parada fosse bem antes, no Parque Dez. Após quase trinta minutos de viagem, desci na parada em frente ao Amazonas Shopping e segui a pé em direção à academia no shopping adjacente.
Eram exatos seis horas e dois minutos da manhã, quando mandei mensagem pro meu amigo e parceiro de academia, Victor, avisando que havia chegado na academia. Em seguida, entrei e fui começar meu treino, puxei umas barras e malhei tríceps. Fui fazer uns abdominais e foi quando o Victor já havia chegado, parei um pouco depois de vinte repetições para ajudá-lo a puxar uma barra inclinada, pensa num treino puxado.
Depois, fui para o elíptico, fiz quinze minutos, e em seguida, dez minutos de esteira no modo intervalado (5 km/h e 11,7 km/h - 1 min cada). Confesso que já estava quase desmaiando no final, mas valeu muito a pena e vou dizer o porquê mais para frente.
Terminei o meu treino por volta das oito da manhã, fui tomar meu banho e como o banheiro masculino estava com um problema no canal de esgoto, parte dos chuveiros estavam interditada e exalava um cheiro horrível de fezes. De qualquer forma, eu precisava tomar um banho, pois teria de ir para a faculdade depois da academia. Victor geralmente não toma banho, segundo ele, porque não soa muito e não costuma fazer treino de cárdio, só musculação (acho que é "migué", mas sendo honesto, eu tenho muita preguiça e só tomo banho porque suo que nem um porco).
Após um treino intenso, fomos em direção à universidade, eram umas oito e meia e o sol já estava bem forte. Passando pela entrada, após a gente ter descido das escadas na entrada que nem dois pernas de pau, fomos direto para o refeitório comprar nossas fichas do almoço por aquele preço camarada ;) que só uma universidade pública poderia oferecer.
Victor e eu fomos então para o CDC, um centro de convivência que muitos estudantes frequentam após as aulas. Lá, nos reunimos com outros amigos.
Durante esse tempo, devolvi os livros da biblioteca, ajudei a Camila, uma amiga que estava tentando resolver a lista de Físico-Química junto ao seu camarada, Hélio, que foi mostrando umas fotos de quando ele estava no ensino médio de forma bem aleatória, o mais engraçado foi ele se comparando com uns artistas que eu nunca tinha visto na vida que tinham uma aparência incomum (convenhamos que eu tenha rido na hora para não cortar o momento).
Estávamos em uma mesa redonda, e do outro lado, estavam o Vinicius e o Victor jogando um jogo em um notebook com um controle de Xbox e ao lado, Khalil estava resolvendo uma lista de exercícios (na minha cabeça era de Física 3, aliás, ainda estou pagando Física 2, pois eu reprovei em Física 1 no primeiro período).
Fomos para a aula de Físico-Química, fizemos uma atividade em equipe e a professora nos comunicou que havia perdido um ente querido, notava-se que ela estava debilitada emocionalmente de alguma forma, mas ela era muito resiliente e manteve sua postura. Ela até disse que eu estava diferente e tinha emagrecido, confesso que fiquei feliz com esse comentário, após meses de sofrimento em dietas rigorosas e muito treino. Após entregarmos as atividades, fomos almoçar. Meu amigo de longa data, Luis, me ensinou um método de usar rotacional para achar a fórmula da equação fundamental que se relaciona por meio de uma das equações de Maxwell para sistemas termodinâmicos. Luis foi para casa cedo, logo que acabou a aula de FQ.
No almoço, Camila e Hélio não foram com a gente. Camila esperando o amigo dela (digo amigo porque ela pediu para chamar assim, mas no fundo...) e o Hélio foi esperar o amigo dele, Antônio.
Por sorte a fila do almoço não estava cheia e teve até um doce que estavam servindo, todos que estavam comigo recusaram o doce e eu fui o único que pedi, eles iam me dar o deles, mas eu meio que suspeitei daquele doce não estar tão bom assim e não quis mais além de um doce (aliás, era uma bananada com açúcar).
Chegando na hora da moça me servir a proteína, eu pedi carne e ela me deu uma quantidade absurdamente pequena, tipo meia colher de carne ao molho, para a grande quantidade de carboidratos que eu meti no prato, aquilo era o cúmulo. Permaneci mais um pouco na fila e olhei com uma cara fixa na moça e pedi mais carne com educação, e funcionou, ela me deu mais um pouco de carne, apesar de ter sido tão pouco. Nunca tomo os sucos do refeitório, prefiro água ao tomar "polpa de suco decantada".
Todos nós sentamos na mesma mesa que meus outros amigos: Lídya, Eduardo, JP e Naylla. Após o almoço, me despedi dos meus amigos e fui escovar os dentes. Para mim, o banheiro do CDC é o melhor lugar para se estar por uns minutos, obviamente, quando as tias da limpeza acabam de limpá-lo (porque depois que usam, fica podre!), tive meu momento de vaidade ao admirar minha beleza no grande espelho do banheiro (tirei umas selfies), escovei meus dentes, passei um perfume amadeirado e por fim, um desodorante para manter o bom cheiro (vai que eu precisasse me aproximar de alguém ou receber algum abraço, nunca se sabe).
Vinicius combinou de ir comigo para a parada de ônibus, pois pegamos o mesmo ônibus para voltar para casa. Então, fui dormir um pouco em uma espécie de sofá que havia no CDC, Vini ficou me esperando para a gente ir embora (eu acabei nem dormindo direito, o sofá não era tão confortável quanto eu imaginei). Retirei do bolso aquele doce que serviram no almoço e o cheiro estava tão ruim que o joguei no lixo.
Minha amiga Pamella chegou no momento em que eu estava desistindo de tirar um cochilo, conversamos um pouco sobre umas atividades e sobre o quanto era horrível ficar das 7:30 até às 19:40 na faculdade, pois temos aulas de Higiene e Segurança do Trabalho (HST) e Física 2 à noite nos dias de terça e quinta. (Se pra ela que volta de carro é ruim, imagina eu que volta andando sozinho à noite até a parada de ônibus que fica depois do Amazonas Shopping, na frente do Plaza Shopping, pra mim é um inferno!!!). Pamella é uma das amizades que me fazem rir muito e estar de bom humor com sua companhia na faculdade, por isso e muitas outras coisas, eu a considero muito. (acho que ela é uma das poucas pessoas que preservam a lei da reciprocidade na universidade)
Me despedi da Pamella, e fui com o Vini em direção ao Hub, um lugar onde eu precisava retirar meu crachá já que participo de um projeto que o envolve. Antes demos uma passada no lab. onde o Victor estava com sua amiga, ele até convidou a gente a ficar, mas estávamos com pressa para pegar o ônibus 350 ou o 357 que passam em horários semelhantes, e perder ambos significa esperar muito na parada (em pé!!!).
Ao chegar no Hub, a moça que entregaria meu crachá havia saído para almoçar, e na pressa, deixei para pegar no dia seguinte.
Saímos pela entrada do estacionamento e tinha um grupinho andando lentamente bloqueando nossa passagem. A gente ultrapassou eles (Vini foi por um lado e eu pelo outro). Chegando na parada, pegamos o 357, entrando no ônibus, me veio uma sensação de que havia perdido minha carteirinha, daí fui procurar na bolsa, no fim, estava no meu bolso esquerdo. Passei vergonha, tudo porque eu sempre coloco a carteirinha no bolso direito da calça. (affs, Vini ficou rindo de mim, em vez de me ajudar a lembrar onde eu tinha colocado meu passe, esse ...). Após ter ficado desesperado de besta, seguimos viagem até o terminal, e o outro ônibus do Vini já estava passando, ele desceu mais rápido que o Flash pra pegá-lo. Após um tempo, peguei meu ônibus e voltei pra casa, minha parada fica na Avenida Timbiras, ou seja, tive que fazer aquele mesmo percurso das curvas, ruas com uma ladeira de descida e depois subir outra. Cheguei em casa e tomei um banho. Admito que planejava estudar, mas acabei caindo na cama e dormindo, mas antes mandei uma mensagem pro Victor avisando que tinha atividade de Ética para terça. (Pensa numa soneca boa!!!) Quando acordei, recebi uma mensagem do Victor: "Amanhã nem tem ética mn" (ainda bem que eu mandei mensagem pra ele, porque eu iria fazer essa atividade como se fosse pra terça). Daí, lembrei que tinha atividade de Química Inorgânica para entregar na terça (amanhã, no caso). E fui merendar para poder fazer a atividade de forma tranquila.
Mais um dia na vida de um universitário que busca sucesso em sua jornada, fiquei na esperança de que terça seja um dia ainda melhor.
(Baseado 100% no meu diário).