ARMADILHA
Francisco de Paula Melo Aguiar
As desigualdades sociais estão presentes em qualquer parte do mundo. Isso é fato. Agora tem países que o fator desigualdades estão mais presentes no protagonismo nacional, um exemplo disso é o caso brasileiro que tem gente visível e invisível. Aqui o ser humano vale pelo que tem e é. Tem conceito e preconceito em todas as classes sociais em termos horizontais e verticais. Tem escola para rico e escola para pobre. Não é diferente quando se trata de bairros residenciais, tem bairros "estereotipados" onde genericamente se sabe o tipo de gente que lá reside. E também não é diferente quando se trata de hospitais para pobres e hospitais para ricos. O tipo de transporte usado, a profissão e o salário das pessoas. A roupa e o calçado. A linguagem é a dialética que freia o diálogo familiar, escolar, social, etc. Isso não te pertence. Que protagonismo tem a classe dominante brasileira em oferecer educação e saúde de primeiro mundo aos filhos da massa? Isso é mera utopia. A turma quer ser o que não é. Tem gente que tem vergonha dos pais, de onde mora, inventa uma fantasia relacional entre pais e filhos. A família não educa mais os filhos como antigamente, tal reflexo é perceptível pelas falas e gírias que constrói no seu dia a dia. Na sala de aula mais de cinquenta por centro fos alunos, por estimativa experimental, o aluno esquece que tem deveres de casa, avaliações das disciplinas, etc. Por sua vez os pais em sua maioria são igualmente ausentes e quando comparecem a escola é porque foram convidados mil e uma vez. Em comento com a escola desenham os filhos como gente normal e sem problemas. No tocante ao material escolar é outro problema, são poucos os pais que compram todo material para o filho. A desculpa é sempre que ainda vai comprar. E opior os filhos não gostam de ler, com raras exceções. Em sala de aula a maioria do alunado não tolera estudar e para cumprir as tarefas é um Deus nos acuda. Quando o calendário das avaliações é lembrado, adoece muita gente. Em sala de aula a participação nos debates envolvendo os temas de cada disciplina é mínima, isso no meio dos adolescentes entre quinze e dezoito anos, em sua maioria envolvidos com jogos eletrônicos e outras brincadeiras de passa tempo. Em geral não aceitam orientação para ocupação do tempo no ambiente escolar e familiar em relação aos estudos que antecedem o ENEM.
Enquanto isso o governo tem interesse de contemplar aos discentes do Ensino Médio, cursos profissionalizantes para evitar que filhos de pobres sonhem em ser médicos, advogados, engenheiros, etc. Isso é uma tentativa de obstácular indiretamente a ocupação de tais profissões por filhos da massa. Um profissional de curso técnico ganha pouco e trabalha muito, um exemplo disso é o caso dos técnicos da enfermagem, a mídia do dia a nível nacional.
É assim mesmo, antes era mesmo que nada e agora depois da Covid-19, usada como "pano" de fundo por pais, governos e professores para justificar a falta de protagonismo infantojuvenil em termos interesses pelos estudos, isso não é o futuro e sim o presente da educação e da instrução que se tem.