NOVA ORDEM...
GEOPOLÍTICA E A NOVA ORDEM
As relações internacionais deste Século XXI tomam outros rumos. Uma nova ordem mundial está mudando o foco das novas potências políticas e econômicas do mundo. Há dias atrás vimos notícia dando conta do alinhamento entre RUSSIA e CHINA, que está importando petróleo da Rússia como parceira comercial e política. Com esse gesto, não só econômico, mas sobretudo político, a nova ordem mundial se sobrepõem à antiga hegemonia americana que está dando sinais de queda.
Temos que a Europa não tem forças para uma reação, nem geopolítica, nem geoeconômica! À China não interessa a guerra dos soviéticos, mas, sim sua pujança nos mercados mundiais com a força de sua economia. À Rússia, ainda envolvida com a guerra da Ucrânia, ainda sim, vale-se da força do seu petróleo, se apresenta, apesar de tudo, em posição de relevo e destaque no cenário da nova ordem mundial.
Desloca-se o eixo do Ocidente para o Oriente. As velhas e antigas premissas dos Estados Unidos como o modelo democrático, mas, polícia do mundo, de uma economia imbatível e soberana abrangência política com ocupações bélicas por diversos países, poderio na ONU, ocupações estratégicas com o poder de suas Forças Armadas, cede lugar e vez, ao novo conglomerado geopolítico liderado e em parceria da Rússia e China, seguido de perto por outros países da Ásia, como Japão, Indonésia, Índia, Singapura, entre outras que estão se alinhando às duas grandes potências que estão formando o novo bloco de poder.
O carro chefe da nova ordem mundial está na economia dos dois gigantes (Rússia e China) ladeados pelo Japão e India, cujas relações com o resto mundo, encetam também certo poderio geopolítico. A Rússia, em que pese seu desgaste na guerra com a Ucrânia, mesmo assim dispõem de farto poderio bélico, econômico, e a sua política interna apresenta forte influência ao outro lado (política externa) do mundo, ou seja, no Ocidente.
Outro aspecto nesse cenário no alinhamento de Rússia e China, é que ambos se opõem à cultura ocidental, e vêm nos Estados Unidos um ferrenho opositor na sua velha doutrina de “mandar no mundo”... O perfil, de há muito estabelecido pelas relações diplomáticas dos americanos, com sua empáfia política nas questões internacionais, está se exaurindo e seu mais forte suporte, a economia, começa a dar sinais de queda ante o levante de russos e chineses, principalmente, após sinalizarem ao mundo, a sua parceria, o que formará, inevitavelmente, um bloco, semelhante ao da antiga e remota “Guerra Fria”, contra os Estados Unidos.
Portanto, esse cenário aponta para um novo período de hostilidades, que partirão do Oriente com destino ao Ocidente. E, levando várias bandeiras, como a economia, a geopolítica, mercados produtores de insumos agrícolas, relações diplomáticas, tecnologias, comércio exterior, etc...
Ao Brasil resta-nos, manter de uma forma velada, os vínculos e compromissos comerciais com ambos gigantes dessa nova ordem, mesmo porque, temos a tradição e a conhecia índole de ser um país pacífico e introspectivo às questões de guerras e outras formas de hostilidade com quem quer que seja. O Brasil é visto e tido no contexto mundial, como a bola da vez no boom de seu crescimento econômico, relações comerciais, fornecimento de alimentos, exemplos de modelos de proteção ambiental, exploração e exportação de sua eficiente biodiversidade...
Mas, de qualquer forma, nosso País necessita com urgência de uma política para a sua educação/cultura, diminuição de analfabetos, erradicação da pobreza e de doenças, saneamento básico de suas grande cidades, proteção das populações ribeirinhas contra as enchentes e desabamentos, despoluição de rios, entre ouros cenários, que, chegam a inviabilizar o seu lugar de destaque que goza na atualidade como país emergente!
Jose Alfredo - jornalista