Bolsonaro, a carpideira da rainha!
Se fingisse empatia durante a pandemia, se não interferisse nos protocolos científicos, se tivesse ficado calado diante do que considerou provocação da imprensa, se fosse menos desumano, se ao menos parecesse com a figura de alguém que foi eleito para governar um país tão diverso, Bolsonaro teria a reeleição mais fácil da história.
Foram quatro anos de governo para ricos, militares e milicianos. Os desfavorecidos passaram o maior perrengue de suas vidas, brigando por restos e sebo de carne, sendo humilhados, explorados, agredidos, desinformados e desassistidos.
Agora, ao apagar das luzes, Bolsonaro quer vender a imagem de que tem alma, que se preocupa com a dor do outro, talvez por isso vá chorar no funeral da rainha Elizabeth II.
Bolsonaro é da mesma ninhada daquele agricultor fascista de Itapeva que gravou um vídeo ameaçando e humilhando uma trabalhadora da periferia, eleitora de Lula, mostrando a face cruel do bolsonarismo.
O vitimismo e lamúria são próprios dos canalhas quando se veem encurralados pelos atos que cometeram, porque não possuem humildade para reconhecer os erros, nem tampouco para um exame de consciência.
No início da semana o ex-Presidente Lula foi sabatinado na CNN e ouviu do entrevistador Willian Waack se, em nome da pacificação nacional, concederia anistia a Bolsonaro caso fosse eleito. A pergunta foi encomendada por Bolsonaro sondando um possível acordo.
Não tem indulto, graça ou perdão, a pouco mais de duas semanas para a eleição, o clima na campanha de Bolsonaro é de desespero. Estagnado nas pesquisas, mesmo tendo jogado a chave do cofre aos abutres e arriado as calças, nada mudou, porque o coelho só sai da cartola de quem trabalha.
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