O POVO SABE

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR

O povo sabe que nada e ou quase nada vai mudar no imaginário e na realidade mundial, nacional e local, a depender de qualquer decisão a ser tomada pelo eleitorado ideologicamente falando pelo instrumento chamado voto popular.

Isso porque em todas as ideologias do eleitorado tem os seus interesses e ou "egos", tanto dos eleitores quanto dos eleitos que destrói os sonhos dos indivíduos, enquanto alicerces temporários usados para justificar seus reconhecimentos. O vou escolher e votar naquele e ou nesse candidato...

Os sonhos de transformação vão às urnas e das urnas saem o pesadelo do jamais e ou do nunca mais, a sentença de condenação e quiçá de absolvição do eleitorado, infelizmente, isso é terreno movediço e corriqueiro na vida cidadã brasileira. É sufocado o sonho nacional depois de apuradas as urnas. Um desastre nacional, estadual e municipal. É difícil o eleitorado se reconhecer no espelho o próprio “eu” transformado em “nós”, enquanto massa de manobra depois da frustração do voto anterior... esperando resolver tudo para o bem de todos na próxima eleição... e a assim a coisa fica cada vez mais difícil, inflação e insegurança alimentar, educacional, segurança pública, remédios, emprego e renda, etc.

Graças a Deus e o Estado de Direito implantado pela Constituição Brasileira de 1988. O sistema democrático é o pai da riqueza e a mãe da pobreza, graça aos programas sociais de ajuda nacional, ao contrário seria o inferno em vida sem necessidade de morrer para se encontrar com satanás.

O tema do proselitismo nacional é fazer algum favor com dinheiro público e dizer que “fez”, que deu, está dando e vai fazer e dar muito mais... enquanto isso é mentira e ou fakes e ou proselitismo moderno, porque até o dinheiro que paga o provento do eleito e todos funcionários públicos, vem do suor do trabalho dos visíveis e invisíveis nacionais, via os impostos diretos e indiretos por está vivo e consumir alguma coisa, por exemplo: feijão, farinha, etc.

O mandatário que sairá das urnas continuará como o atualmente. A política positiva e ou negativa é a brincadeira e ou o jogo do poder para alienar o eleitorado e dele tirar proveito em termos de vantagens pessoais e familiares. O voto é uma loteria do "reconhecimento" oportunista do eleitorado dividido em "ideologias" do engana e do se faz enganar, para que o eleitor ao se olhar no espelho não tenha autoconhecimento, o que vale dizer que vai viver a vida toda com um inimigo desconhecido por falta de não se conhecer. O assunto é a realidade individual advinda das escolhas que cada pessoa faz na vida. Não ter o "próprio" autoconhecimento é se envolver facilmente com vantagens "taipa" do mundo de ilusão e aliciamento político, econômico, financeiro, social, etc.

A felicidade dura pouco, uma prova disso é a "devoção" do povo inglês, por exemplo, durante o velório da monarca Elizabeth II, passando fome, sede, sono, etc, ao ar livre, coisa para inglês "vê" em pleno século XXI. E assim a se ver a própria história acontecer.

Por outro lado, a imprensa nacional nas últimas horas notícia a prisão por prática de pedofilia, de “um” de seus atores e autores de cenas globais que antes fazia a população nas novelas, nos filmes e no teatro da ilusão ser feliz, enquanto o próprio "autoconhecimento" é desconhecido, passando a viver e a conviver com um inimigo dentro de si mesmo, sua autodestruição chamada pedofilia. Questão de escolha e destruição da identidade pessoal e o reconhecimento até então visível e possível, porém, não isento de cometer pecado para Deus e crime para os homens.

A questão do ser humano está nas escolhas. Disso ninguém escapa. Até a Igreja "santa" e pecadora tem no seu bojo a lama e ou “doga” que não é o ouro social e do altar. Tudo é questão de escolhas. Veja por exemplo, o caso do padre Hozana, que matou com três tiros Dom Expedito, bispo da Diocese de Garanhuns-Pernambuco, no século passado, no ano de 1957, porque o prelado exigia que o padre fizesse a escolha entre a "cama" e o altar. E o caso amoroso e religioso, gerou e ainda geram narrativas de memórias múltiplas.

Por analogia, também não é diferente o caso denunciado no livro publicado pela primeira vez em 1875, denominado de “O Crime do Padre Amaro”, sobre a corrupção dos padres, que manipulavam a população em favor da elite dominante, e a questão do celibato clerical, portanto, o altar e a cama em discussão na Europa. É com esse livro que o escritor português Eça de Queirós, inaugura na prosa, a estética do realismo-naturalismo em Portugal daquele tempo.

E assim, o ser humano é complexo demais e irreconhecível. O caso do paraibano e ator José Dumont, não é o primeiro caso de falta de "autoconhecimento" e também não será o último. Não ter autoconhecimento é viver com um inimigo dentre de si como a sombra a vida inteira. Assim vem a autodestruição da identidade que se leva a vida toda para ser construida e ou destruída do dia para a noite.

O ser humano é assim e ou assado em todo tempo e lugar. A policomplexidade do ser humano é a lama e/ou a "doga" e atende a quem assim escolhe o que quer ser, santo e ou satanás, inclusive na hora de votar e ou ser votado, enfim o mundo que faz sorrir, também faz chorar. É tudo questão de escolha com ou sem voto.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/09/2022
Reeditado em 16/09/2022
Código do texto: T7607050
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