Ódio gratuito...
Somos educados para viver em sociedade - aprendemos também a amar, e não matar, e no dia a dia, a termos empatia com o próximo. Todos nós temos que interagir – afinal “nenhum homem é uma ilha”, estamos inseridos em um grupo social; seja no trabalho, seja na escola etc. A democracia nos ensina a convivermos pacificamente; respeitando as diferenças políticas e religiosas, enfim, a defender com bom senso e sabedoria a família e o meio social em que ela está inserida, respeitando a diversidade, e os costumes de cada um. Em nenhuma “bíblia”, seja ela de que corrente religiosa for, está escrito que devemos odiar o próximo. Debater significa, um(a) cidadão(ã) apresenta suas ideias, o outro(a) rebate, defendendo o seu porquê, e no fim ambos(as) chegam a uma conclusão (tese – antítese – síntese e conclusão). Há nos quatro cantos do planeta uma intersecção de valores comuns que pregam a não violência. A definição de humano é uma só em qualquer parte do globo terrestre. E, nós brasileiros somos de índole pacífica. Então, como explicar neste período eleitoral, tanta disseminação de ódio, que já resultou em mortes incompreensíveis, entre um eleitor de um candidato, contra outro de opinião diferente, que queria apenas defender seu direito de escolher um outro candidato.
Há uma intolerância escancarada, entre os eleitores dos candidatos que se encontram na frente da corrida eleitoral, alimentada pelo discurso de seus líderes, que não medem consequência para atingir seus objetivos, na tentativa de alcançar o poder!
Será que neste momento próximo da decisão das eleições - emerge o que há de mais íntimo no âmago das pessoas – revelando o que há de pior nelas, ou temos uma multidão de seguidores, de ambas as partes, que seguem cegamente seus líderes (ambos com valores questionáveis).
Nas duas hipóteses, nada justifica este ódio gratuito entre os eleitores, infelizmente só há uma explicação; nós, brasileiros, não somos suficientemente educados para sermos cidadãos civilizados e conscientes dos nossos direitos e deveres, com base nas leis de nosso país, reunidas na constituição, o que nos possibilitaria termos opinião própria, capazes de uma crítica construtiva - por isso somos manipulados por líderes populistas, cheios de palavras sedutoras, mas vazias de significado, seja de esquerda, ou de direita.
A escolha de um candidato deveria pautar-se na análise dos seus projetos para resolver problemas comuns a todos nós, como; educação, saúde, saneamento básico, segurança pública, e principalmente; a fome, que aumenta no mundo e no Brasil. Estudos mostram números assustadores desta população faminta , claro que falo dos mais pobres, os menos favorecidos, neste regime capitalista cruel ! São milhões que não tem nem o arroz com feijão em suas panelas, necessário ao dia a dia das famílias brasileiras – isso sem falar das milhões de crianças, que sem sombra de dúvida terão seus crescimentos comprometidos, gerando uma legião de adultos problemáticos. De acordo com as manchetes dos jornais e telejornais, somos um dos maiores produtores de grãos e de proteína animal, por exemplo, se isso é verdade, como explicar esse paradoxo: não há nas propostas concretas dos candidatos, nenhuma ênfase neste principal problema da população brasileira – o combate à fome! Sai governo, entra governo e o problema só aumenta. Só há ruídos em suas campanhas sobre o problema, mas, nenhuma atitude concreta!
Nesta eleição, como em todas as outras, os candidatos estão numa verdadeira guerra por votos, sem apresentar nenhum conteúdo sério para combater a fome crônica do país, que deveria ser o objetivo maior, de todos os candidatos - daqueles que tentam a se eleger pela primeira vez, ou à reeleição. Precisamos, e muito, de sangue novo na politica...