“EU VIM TE LEVAR!”
– Sabe que eu imaginava você bem assim mesmo?!
– Uaaaaaaaaaaa-hA-hA-hA… Cof! “assim” como? – Perguntou a morte após uma entrada triunfal pela janela do quarto.
– “Assim”, assim ué. Foice na mão… toda de preto… efeito especial na vooooz… fazendo os ventos uivarem, derrubando tudo “uáááá”… Isso é um poncho? Em sua cabeça?
– Uaaaaaaaaaaa-hA-hA-hA TEMA A MIM! Eu vim te LEVAAAAR!!
– Ram… okeey… É o seguinte: Já passou das dez horas, então você vai ter que falar baixinho, reduzir no Reverb… combinado gata? Pergunta: se tirarmos uma selfie juntos você aparece na foto? Ou você é tipo, sem reflexo que nem vampiro? – A morte se sentou na cabeceira da cama num suspiro, pôs as duas mãos no queixo.
– Bom… Acho que saio… Mas veja bem eu to aqui a trabalho, compreende?
– BAH! Me leva outro dia, dona! Põe a foice ali, segurando a porta, ó… Tem tanta gente mais importante pra você levar! Quer dizer… você passa duas horas, três… às vezes quatro horas por pessoa? …E os lances dos cometas e Iras Divinas? Cortaram seus recursos?
– É… Pensando por esse lado… quer dizer, eu não tô reclamando em serviço, mas…
– Vem pá selfie… aaaaaaaaaaaah.
– “a”?
– Ô, desculpa: xiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiis. – Então se aproximaram, se abraçaram e riram, fazendo uma belíssima fotografia “Best Friends Forever and Ever”.
– Ai, to branquela… Ó paí? Apaga isso! Magérrima…
– Ah que é isso! Cê ta ótima, quer dizer… cê tem quantos anos?
– Ah isso eu não conto…
– Hahahaha…
– Hohohoho…
E a noite seguiu sem (significativos) assassinatos.