Os gravetos

Rusticidade esta avista, muitos apelidarão de cerne de aroeira, passava a impressão de um porto seguro de verdade. As previsões oscilavam, nada alterava seu modo de ser, sereno, calmo, para tudo buscava uma saída sem aquela sangria desesperada, sem alarme e aflitivo. Na redondeza corria a fama de ser um solitário brigadista de pagar incêndio dos que porventura ficavam acesos por nada, e corriam para serem apaziguado pelo homem contador de histórias, parecia não feito de carne e osso , mas um verdadeiro cerne de aroeira.

Porém chovia torrencialmente na região, muitos recolhia-se na venda do seu Binga , tomavam um esquenta rabo, outros buscava distrair-se na mesa de bilhar, mas farra mesmo faziam os truqueiros. Lá fora água cai de balde, estranho o animador de torcida, a fortaleza em forma gente, nada de aparecer.

Começavam o burburinho, toda forma de possibilidade eram especulada, se ouvia teorias de dá arrepio .

Por volta das 12:00 horas, o tempo chuvoso deu uma trégua todos se espalharam, esqueceram da não presença do homem forte.

Na “boca” da noite, quando ainda se reuniam alguns “gatos” pingado no boteco, chegou a notícia, a casa do homem do cerne, continuava fechada sem sinal de gente dentro, o assunto se espalhou nas rodinhas das calçadas do vilarejo , e as vozes iam aumentando conforme chegavam mais vivente no “boliche”. Até seu Virgulino o representante do prefeito veio saber que esta se sucedendo.

Na manhã seguinte quando clareava o dia, uma viatura encostou em frente da casa do contador de história, ao arrombar a porta com uma ordem judicial, não encontraram nada na casa, o danado foi embora sem dizer nada pra ninguém.

Os cacarecos dos moveis não serviam pra nada, o zé do parafuso solto falou: Deixa eu levar pra casa esses pedaço de moveis velho, eu preciso de graveto para meu fogão econômico mesmo.

Foi uma gargalhada só!!!!! " Zé do parafuso zangado resmungou: " Estão rindo de que? Ele fez todos de bobo, ele levou a filha do patrão com ele .........