Crônica de Domingo...

DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA.

Quarta-feira.

Nuvens carregadas, chuva, frio, o som de trovões ao longe. O relógio na parede marcava nove horas em ponto, os ponteiros correm frenéticos nesta data tão importante de independência. É um marco histórico para todos nós brasileiros. Comemoramos duzentos anos da independência do Brasil.

Quarta-feira, manhã.

O celular despertou às seis horas em ponto, acordei não querendo levantar, a minha esposa também despertou ao primeiro toque do celular, enquanto eu permaneci debaixo dos cobertores, ela levantou de um só pulo, afinal, há muitas coisas importantes para serem feitas nessa primeira hora.

Quarta-feira, manhã, feriado.

Após levantar, agitadíssima por sinal, minha esposa começou na sua, 'correria', se é que posso dizer assim. Tomou um banho para ajudar a despertar, trocou-se, colocou a sua camisa verde amarela. Sem perca de tempo ganhou a cozinha e foi passar o café, nesse interin de coar essa bebida tão brasileira, tratou de arrumar a sua bolsa, colocou os lanches, água, suco, lenços verde amarelo, bandeira do Brasil. Tudo pronto. Levantei logo em seguida que o aroma do café ganhou o quarto, levantei trôpego, troquei de roupa lentamente, peguei carteira e chave do carro, fui para cozinha tomar o café junto com ela.

Quarta-feira, manhã, feriado, Deus.

"Que Deus abençoe nossa nação", eu disse a ela enquanto tomávamos o café, ela respondeu, "Amém". Minha filha levantou-se em seguida, mais dormindo do que acordada, comeu alguma coisa enquanto minha esposa fazia uma revisão em sua bolsa. Peguei a carteira, chave do carro, liguei o possante, deixei-o esquentando, carro a álcool é assim, logo em seguida partimos, primeiramente para outro bairro aqui da cidade, fomos até a casa de nossa pastora, já estava no portão nos esperando, camisa verde amarela, bandeira, bolsa. Partimos para o ponto de encontro, ao chegarmos, tudo lotado, ônibus, pessoas, polícia, pessoas do exército, movimentação grande, prontos para irem para Avenida Paulista, deixei a esposa e nossa pastora e voltei com minha filha para casa. Embora seja feriado, eu teria que trabalhar à tarde.

Quarta-feira, manhã, feriado, Deus, Pátria.

A nação vestiu-se de verde e amarelo, crianças, idosos, homens e mulheres, todos comemorando o bicentenário da independência do Brasil. Todos unidos em um mesmo ideal de liberdade, em uma sintonia de desejo pela renovação da paz interior. A avenida Paulista de uma ponta a outra estava congestionada, não de veículos, mas, de pessoas, de patriotas que ardendo de amor pela nação. Valendo ressaltar que o patriotismo não é uma bandeira política, e sim a identidade de todo um povo. A alegria na face das pessoas era contagiante, "disse minha esposa depois", misturada em meio ao mar de pessoas e bandeiras. A festa era verde, amarelo, do povo para o povo.

Quarta-feira, manhã, feriado, Deus, Pátria, família.

A multidão que tomou a Paulista não foi de desordeiros, nem de pessoas armadas querendo reivindicar alguma coisa, 'como haviam dito alguns'. Muito pelo contrário do que foi noticiado semanas e até mesmo meses anteriores, aquela multidão é a representação da alma do brasileiro, exercendo o seu livre arbítrio de comemorar e de escolher como comemorar. Não sei quantas pessoas estavam presentes, também não importa, era um mar de pessoas. Essa crônica não é a respeito de direita ou de esquerda, é sobre o Brasil, ordem e progresso para o futuro de todos, amor a bandeira, o renascimento do patriotismo. Independente do seu partido político, do seu livre direito de escolha, saiba que, somos uma nação forte, um gigante que despertou.

Tiago Macedo Pena
Enviado por Tiago Macedo Pena em 11/09/2022
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