Com o tempo passamos a entender que muitas coisas que aprendemos na vida, não estão nos livros.
Fico pensando no acumulado de informações que nossa cabeça recebe desde o nosso nascimento até a nossa morte. Mas acredito que seja numa idade mais madura que começamos a enxergar realmente o que aprendemos, e comparar esse aprendizado. Olhar para ele com mais entendimento, mais paciência e aceitação.

Algumas coisas que aprendi:


-  Dentro de suas possibilidades, meus pais fizeram tudo que podiam para nos dar uma educação decente, e uma boa vida. Muitas coisas que eles me preveniram, serviram para dar verdadeiras lições para minha filha. Através da fragilidade deles diante de certas situações, vi o mundo de uma outra forma. Consegui tirar a beleza daquilo. Aprendi que eles me deram o que de mais precioso eu tenho: a vida.

-  Há certas situações  em que nos sentimos tremendamente solitários. Por mais pessoas que tenhamos a nossa volta, a nossa solidão e algo inexplicável. Por mais que tentemos explicar o que sentimos, não somos entendidos da forma que gostaríamos de ser. Porque  nascemos com sentimentos únicos,  que estão dentro de nós como códigos indecifráveis.

-  Quando estamos em um Hospital, vestidos com aquele avental, sentados em uma cadeira, ou em cima de uma mesa, sentimos uma tremenda impotência, e percebemos a insignificância da nossa existência. Que somos "mais um", sujeitos as garras da morte como qualquer outro.

-  Não devemos criticar as pessoas a não ser que a critica seja construtiva. Calar mais, ouvir mais, falar menos. Deixar o outro falar sem tirar conclusões precipitadas. Entender que cada um tem um jeito de ser,  e que ninguém é obrigado a ver o mundo como eu vejo.  

-  A melhor forma de ensinar nossos filhos, não é falando mas agindo.  Não que as palavras não sejam importantes. Muitas vezes achamos que elas estão sendo gastas em vão, mas com o tempo, percebemos que tambem  são verdadeiras sementes que mais tarde serão germinadas nas cabecinhas dos nossos filhos.

-  Não existe "o melhor amigo". Existem "os amigos". Cada um deles preenche uma parte que precisamos. Há aquele amigo que procuramos porque queremos rir, ouvir uma piada, outro que nos dá um conselho sábio, outro que chora com a gente, outro que conta histórias... Vejo assim: nossa alma é um quebra-cabeças, onde cada um dos nossos amigos é uma pecinha insubstituível para que ela se complete.

-  Devemos sempre tentar seguir os impulsos do nosso coração. Nunca poderemos estar errados, se agirmos com sentimento e transparência.

-  Sentir a vida plenamente a cada minuto do hoje. Não pensar: "vou deixar para fazer isso amanhã"  E viver  esse maravilhoso imediatismo de tentar ser feliz. 

 

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Mary Fioratti
Enviado por Mary Fioratti em 11/09/2022
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