O SALÁRIO DO FUTURO
Francisco de Paula Melo Aguiar
O salário do futuro tem que ser aprovado sem previsão de receita X despesa para puder ser pago é "pimenta" nos olhos de milhões de desempregados, uma vez que nenhum assalariado está feliz com o salário que recebe, a não ser quem tem a chave do erário e ou o cofre público que diz a si mesmo quanto quer "ganhar" e os "súditos" e ou o povo que se vire nos trinta com o aumento dos impostos diretos e indiretos sobre os produtos, bens e serviços para financiar as mordomias palacianas.
A manutenção de serviços, por exemplos, serviços de saúde, educação e segurança pública que se tem é um incentivo oficial que dá origem "favorável" a iniciativa privada em todos os setores, diante da omissão do poder público. E o governo sabe tanto disso que faz credenciamento com tais instituições para oferecer estudos, atendimento médico e hospitalar a torta e a direita para tirar a responsabilidade de si.
E por aí vai...
A inflação galopante não indexa os índices da correção monetária em tais convênios para puder oferecer serviços de primeira qualidade. Em pouco tempo os serviços praticados pelos hospitais e IES conveniadas, estão sucateados... e a culpa vem para os órgãos terceirizados.
A falência quando não é decretada pela mantenedora responsável por hospitais e escolas de todos os níveis, é porque está usando recursos próprios para honrar com os compromissos de prestar os serviços que o governo não presta e não paga. Inclusive pela via direta da lei das mensalidades escolares que proíbe que as escolas afastem os filhos dos devedores da sala de aula por falta de pagamento de mensalidade, embora o governo faça questão dos pagamentos de salários e impostos diretos e indiretos até o quinto dia útil das escolas. Fora disso, multas e outras penalidades. Isso é o incentivo a quem não gosta de pagar o que deve, calote anunciado em lei federal.
Que país é esse que o setor privado tem que pagar para trabalhar?
Impor que alguém faça o dever de casa é ótimo, porém com que lápis e tinta inexistente no tinteiro ideológico manipulador das cores partidárias e criadoras de problemas sociais, via a aprovação de leis sem previsão de receita para dar cumprimento. É queimar fogos com a pólvora alheia. A falência de empresas (hospitais e escolas privadas) e o desemprego em massa, por exemplo, dos graduados, técnicos e auxiliares de enfermagem, interessa a quem? E se no momento os preços pagos pelo SUS - Sistema Único de Saúde, forem em tese corrigidos, mais cedo e ou mais tarde a gritaria e a falência virá a tona porque não se paga salário e dividida com lei sem dinheiro vivo diário, mensal e anual para garantir o pagamento. E sem falar dos preços dos remédios e outros insumos indispensáveis para que a rede hospitalar tenha fluxo e não reflexo no atendimento à população obreira, mantenedora de hospitais e seus derivados. A reserva de mercado dos médicos, enfermeiros, etc, irão passar pela mesa de negociação e perturbação social na formação de preços e salários. É só esperar para vê, a não ser que continuem as autoridades que fazem as leis, queiram apenas arrancar o "cascão" da ferida da imperícia, da imprudência e da negligência nacional dos serviços de saúde que a população paga e não recebe do governo. O que vale favorecer apenas o enfretamento entre patrões X empregados . E isso vale apenas? A quem interessa o desemprego em massa? E o fechamento de empresas privadas da saúde e ou da educação?
O governo (executivo, legislativo e judiciário) esquece que somente ele faz e paga a si próprio o salário que quer receber...
Então qual o salário do futuro?