BRASIL, 200 ANOS DE (INDE)PENDÊNCIA
Ah! O Brasil. Eis que nasce o 200º ano após a sua independência, cinzento e chuvoso, como haveria de ser. 200 anos se passaram, mas ainda se acredita na fábula das margens do rio Ipiranga; 200 anos se passaram, mas anda se pretende comemorar este marco às sombras de uma monarquia europeia ou, ao menos, da cabeça que renasce conservada.
Ah, Brasil! 200 anos e ainda não aprendeu a se valorizar. Os resquícios da colonização, da exploração, ainda estão em cada esquina; em cada pensamento de seu povo e nos saldos de ouro de nossas reservas naturais.
Ah, Brasil, que se diz hoje independente, como fez a 200 anos, mas que não valoriza seu povo; não valoriza sua língua, que emprega termos e títulos importados em detrimento de seus próprios e acha bonito isso.
Ah, brasileiros, 200 anos se passaram, mas ainda não sabemos governar nossos próprios atos, como povo unido por um propósito, que é o bem de nosso próprio povo. As bandeiras que se hasteiam hoje não são de uma república livre, mas de desinformação; de corrupção; de pobreza e de desunião.
Uni-nos, pois, brasileiros, para que comemoremos a partir de aqui, o primeiro ano de verdadeira independência.